A dificuldade da certeza
A ciência e a teologia são cheias de hipóteses que, embora sem meios de serem confirmadas, são dadas como teses.
Cientistas (seja das exatas ou das humanas), vivem buscando avidamente "novidades"; e a novidade de hoje acaba contradizendo a novidade de amanhã; já os teólogos são avessos a qualquer novidade, sendo atropelados pelo tempo e a razão.
A ciência e a teologia acabam se baseando em "convenções" criadas pelo próprio homem; e convenções sempre podem ser mudadas, contudo a certeza com que são tratadas essas teses impedem que se arranje uma convenção melhor; gerando o antagonismo entre a ciência a teologia e a Bíblia.
Interpretações incorretas da Bíblia ocorreram no passado, assim é importante não exigir mais do que a Bíblia requer. Deve-se tomar cuidado para não repetir os erros dogmáticos do passado, e os detalhes científicos da Bíblia podem necessitar de alguma interpretação em termos técnicos modernos.
A certeza bíblica e incerteza científica, ou a certeza científica e incerteza bíblica, decorre das dificuldades de analisar criteriosamente a teologia ou a teoria, ambas deficientes.
Ensina-nos a contar os nossos dias de tal maneira que alcancemos corações sábios. (Salmos 90:12)
O Tempo de Deus e o Tempo dos Homens
O que é o tempo e por que pensamos que é tão importante? É porque precisamos sincronizar nossas agendas, nossas mudanças corporais que causam fome e cansaço, nossa capacidade limitada de suportar dor ou tédio e nosso período limitado de vida para atingir nossos alvos?
A infinidade de Deus em relação ao tempo é denominada eternidade. Deus é Eterno (Deuteronômio 33:27). A eternidade de Deus significa que Deus transcende a todas as limitações de tempo; O tempo para Deus é diferente e aparentemente não corresponde diretamente ao tempo humano (2 Pedro 3:8)
O capítulo 90 dos Salmos que reproduz uma oração de Moisés e apresenta um Criador atemporal:
Antes que nascessem os montes, ou que tivesses formado a terra e o mundo, sim, de eternidade a eternidade tu és Deus. (Salmos 90:2)
Existe paralelos entre algumas citações de Albert Einstein, sobre a teoria da relatividade e a Bíblia.
Este mesmo Salmo, também, em seu versículo 4 faz referência sobre a relatividade do tempo:
Os Salmos e a Teoria da Relatividade
As afirmações de Einstein revolucionaram o conceito de tempo no início do século XX e fizeram gerar uma série de questões não somente no âmbito científico, mas também de modo a envolver diretamente a filosofia e o imaginário popular.
As discussões acerca da relatividade do tempo não são recentes e ao contrário do que muitos imaginam não se iniciaram com a famosa teoria de Einstein.
É possível encontrar, já nos remotos tempos bíblicos menção a distorções temporais, de modo sutil e metafórico, porém de igual relevância, já que, segundo alguns teóricos do assunto, o cientista alemão possivelmente passou a se interessar pela ideia de que o tempo não é absoluto justamente através da mensagem contida num versículo dos Salmos:
“Mil anos diante de Vós são como o dia de ontem que se foi ou como uma vigília da noite.” (Salmos 90:4)
Ao tempo de Moisés o dia e a noite eram fenômenos distintos; o dia correspondia a doze horas. A noite, por sua vez, era dividida em três partes iguais, cada uma delas correspondente a uma vigília (4 horas). Portanto, o versículo pode ser lido assim:
“Mil anos diante de Vós são como 12 horas ou como 4 horas.”
Nessa citação do versículo a referência a tempos diferentes (mil anos, doze horas e quatro horas) como sendo iguais tem em seu significado a revelação de que o tempo é relativo.
Quando visto de uma perspectiva científica, o tempo não é absoluto. De acordo com a relatividade especial, nenhuma medida absoluta de tempo é possível.
As descobertas contidas na Teoria da Relatividade de Einstein tiveram profunda influência no desenvolvimento científico e tecnológico, e constitui a base do conhecimento da física atual.
É sabido que A. Einstein tinha uma profunda relação com a religião judaica. Numa ocasião afirmou:
Os Salmos são reveladores de verdades; mais tarde, a chamou de “religião cósmica”
Em outra citação de Einstein disse:
"Eu sou como um artista a desenhar livremente na minha imaginação. A imaginação é mais importante que o conhecimento. O conhecimento é limitado. A imaginação abarca o mundo.
"Ciência sem religião é lama, religião sem ciência é cegueira."
"Afirmo que a religiosidade cósmica é a força mais forte e mais nobre na condução da pesquisa científica."
"Todas as religiões, artes e ciências são ramos da mesma árvore. Todas essas atividades são dirigidas para o enobrecimento da vida do homem, elevando-a da mera esfera da existência física e conduzindo o indivíduo para a liberdade."
Notas: reflexaododia.blogspot.com - inews.uniblog.com.br - www.assembleiadedeuslondrina.com.br - www.grisda.org - www.biblia-ciencia.com
Redação/Edição - E.Mucheroni 27/06/2007
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