sábado, 14 de setembro de 2013

Ancestrais dos Espanhois e Portugueses desde Noé - Filho de Jafé - Raça Ibero - Parte 3

Origem dos Iberos

          Os Iberos eram um povo pré-histórico que vivia no Sul e no Este do território que mais tarde tomou o nome de Península Ibérica. As ondas de emigração de povos Célticos que desde o século VIII até ao século VI AC entraram em massa no noroeste e zona centro da actual Espanha, penetraram também em Portugal a Galiza, mas deixaram intactos os povos indígenas da Idade do Bronze Ibérica no Sul e Este da península.

           Os geógrafos gregos deram o nome de Ibéria, provavelmente derivado do rio Ebro ( Iberus ), a todas as tribos instaladas na costa sueste, mas que no tempo do historiador grego Herodotus ( 500 AC ), é aplicado a todos os povos entre os rios Ebro e Huelva, que estavam provavelmente ligados linguisticamente e cuja cultura era distinta dos povos do Norte e do Oeste. Havia no entanto áreas intermédias entre os povos Célticos e Iberos, como as tribus Celtiberas do noroeste da Meseta Central e na Catalunha e Aragão.




Guerreiros Ibéricos

          Das tribos Iberas mencionadas pelos autores clássicos, os Bastetanos eram territorialmente os mais importantes e ocupavam a região de Almeria e as zonas montanhosas da região de Granada. As tribos a Oeste dos Bastetanos eram usualmente agrupadas como "Tartessos", derivado de Tartéssia que era o nome que os gregos davam à região.

           Os Turdetanos do vale do rio Guadalquivir eram os mais poderosos deste grupo. Culturalmente as tribos do noroeste e da costa valenciana eram fortemente influenciadas pelas colónias gregas de Emporium ( a moderna Ampúrias ) e na região de Alicante a influência era das colónias fenícias de Malaca ( Malága ), Sexi ( Almuñeca ), e Abdera ( Adra ), que passaram depois para os cartagineses.

            Na costa este as tribos Iberas parecem ter estado agrupadas em cidades-estado independentes. No sul houve monarquias, e o tesouro de El Carambolo, perto de Sevilha, parece ter estado na origem da lenda de Tartessos. Em santuários religiosos encontraram-se estatuetas de bronze e terra-cota, especialmente nas regiões montanhosas. Há uma grande variedade de cerâmica de distintos estilos ibéricos.

            Foi encontrada cerâmica ibérica no sul da França, Sardenha, Sicília, e África e eram frequentes as importações gregas . A esplêndida Dama de Elche, um busto com características que mostram forte influência clássica grega. A economia Ibérica tinha uma agricultura rica , forte exploração mineira e uma metalurgia desenvolvida.

           A língua Ibérica era uma língua não Indo-Europeia, e continuou a ser falada durante a ocupação romana. Ao longo da costa Este utilizou-se uma escrita Ibérica, um sistema de 28 sílabas e caracteres alfabéticos, alguns derivados dos sistemas fenício e grego, mas de origem desconhecida. Ainda sobrevivem muitas inscrições dessa escrita, mas poucas palavras são compreendidas, excepto alguns nomes de locais e cidades do III século, encontradas em moedas.

          Os Iberos conservaram a sua escrita durante a conquista romana, quando se começou a utilizar o alfabeto latino. Ainda que inicialmente se pensou que a língua Vasca era descendente do Ibero, hoje considera-se que eram línguas separadas.

( Condensado da Enciclopédia Britânica )

Ancestrais dos Latinos Americanos desde Noé - Filho Jafé e Cã - Raça America Latina - Parte 2

diluvio

Sem, Cam e Jafé

Em 11 de dezembro de 2010, em Cristianismo, por Carlos Portella

Gênesis Capítulo 10:
1 Estas, pois, são as gerações dos filhos de Noé: Sem, Cão e Jafé, aos quais nasceram filhos depois do dilúvio.
2 Os filhos de Jafé: Gomer, Magogue, Madai, Javã, Tubal, Meseque e Tiras.
3 Os filhos de Gomer: Asquenaz, Rifate e Togarma.
4 Os filhos de Javã: Elisá, Társis, Quitim e Dodanim.
5 Por estes foram repartidas as ilhas das nações nas suas terras, cada qual segundo a sua língua, segundo as suas
famílias, entre as suas nações.
6 Os filhos de Cão: Cuche, Mizraim, Pute e Canaã.
7 Os filhos de Cuche: Seba, Havilá, Sabtá, Raamá e Sabtecá; e os filhos de Raamá são Sebá e Dedã.
8 Cuche também gerou a Ninrode, o qual foi o primeiro a ser poderoso na terra.
9 Ele era poderoso caçador diante do Senhor; pelo que se diz: Como Ninrode, poderoso caçador diante do Senhor.
10 O princípio do seu reino foi Babel, Ereque, Acade e Calné, na terra de Sinar.
11 Desta mesma terra saiu ele para a Assíria e edificou Nínive, Reobote-Ir, Calá,
12 e Résem entre Nínive e Calá (esta é a grande cidade).
13 Mizraim gerou a Ludim, Anamim, Leabim, Naftuim,
14 Patrusim, Casluim (donde saíram os filisteus) e Caftorim.
15 Canaã gerou a Sidom, seu primogênito, e Hete,
16 e ao jebuseu, o amorreu, o girgaseu,
17 o heveu, o arqueu, o sineu,
18 o arvadeu, o zemareu e o hamateu. Depois se espalharam as famílias dos cananeus.
19 Foi o termo dos cananeus desde Sidom, em direção a Gerar, até Gaza; e daí em direção a Sodoma, Gomorra, Admá e Zeboim, até Lasa.
20 São esses os filhos de Cão segundo as suas famílias, segundo as suas línguas, em suas terras, em suas nações.
21 A Sem, que foi o pai de todos os filhos de Eber e irmão mais velho de Jafé, a ele também nasceram filhos.
22 Os filhos de Sem foram: Elão, Assur, Arfaxade, Lude e Arão.
23 Os filhos de Arão: Uz, Hul, Geter e Más.
24 Arfaxade gerou a Selá; e Selá gerou a Eber.
25 A Eber nasceram dois filhos: o nome de um foi Pelegue, porque nos seus dias foi dividida a terra; e o nome de seu irmão foi Joctã.
26 Joctã gerou a Almodá, Selefe, Hazarmavé, Jerá,
27 Hadorão, Usal, Dicla,
28 Obal, Abimael, Sebá,
29 Ofir, Havilá e Jobabe: todos esses foram filhos de Joctã.
30 E foi a sua habitação desde Messa até Sefar, montanha do oriente.
31 Esses são os filhos de Sem segundo as suas famílias, segundo as suas línguas, em suas terras, segundo as suas nações.
32 Essas são as famílias dos filhos de Noé segundo as suas gerações, em suas nações; e delas foram disseminadas as nações na terra depois do dilúvio.
 
          O capítulo 10 contém em sua maior parte genealogias das primeiras famílias, das quais descende toda a população do mundo.
 
          A ordem que encontramos é: os filhos de Jafé, em seguida os de Cam e finalmente os de Sem; como em outras partes da Bíblia, vemos que as duas linhas “rejeitadas” são mencionadas primeiro, com alguns comentários, para não ser mencionadas mais; a dos “escolhidos”, mencionada por último, segue pela Bíblia até o nascimento de Jesus Cristo: hoje em dia é a única (dos judeus) que não se misturou com as outras!

Os descendentes de Jafé:

Um enólogo chamado H S Miller fez um estudo aprofundado da origem das nações com base neste capítulo, outras porções bíblicas e descobertas arqueológicas, e preparou um mapa etnológico donde se tira as seguintes conclusões:
  • De Magogue: os citas, eslavos, russos, búlgaros, boêmios, polacos, eslovacos, e croatas.
  • De Madai: os indianos e as raças iranianas: medos, persas, afegãs, curdos.
  • De Javã: os gregos, romanos e as nacionalidades latinas como portugueses, franceses, italianos, espanhóis.
  • De Tiras: os trácios, os teutões, os alemães, os saxões, os anglos, e deles os escandinavos, dinamarqueses, holandeses, ingleses, austríacos, checos, húngaros.

Os descendentes de Cam:

Segundo o mesmo mapa, concluímos que sua descendência foi:
  • De Canaã, sobre quem pesou a maldição de Noé: os fenícios, hititas, jebuseus, amorreus, girgaseus, heveus, arqueus, sineus, arvadeus, zemareus e hamateus.
  • De Cuxe: os africanos, etíopes, líbios.
    Temos detalhes de um dos seus filhos: Ninrode. Ele começou a ser poderoso na terra, e era valente caçador diante do Senhor, não se tratando, segundo os estudiosos, de caça de animais, mas de conquista de poder sobre os homens. Ele começou na terra de Sinear, onde se encontrava Babel, de onde se tornou rei (e decerto promoveu a construção da torre), e, ambiciosamente, queria tornar-se imperador do mundo (segundo a história secular). Ele foi o rebelde, o fundador de Babel, o caçador das almas dos homens, figura ou tipo do último príncipe do mundo que virá, o anticristo. Depois da ruína do projeto da torre de Babel, ele afastou-se para a Assíria, onde deu início a várias cidades.

Os descendentes de Sem:

Duas coisas curiosas aparecem no versículo 21:
  1. Sem é descrito como pai de todos os filhos de Héber, seu bisneto (v.25): os israelitas, descendentes de Héber, por isso chamados hebreus na antigüidade (Gênesis 14:13, Filipenses 3:5), eram todos também filhos de Sem, ou semitas – ainda hoje têm esse nome! Nenhum outro povo é chamado semita: nem mesmo os árabes, que também são da descendência de Abraão, mas ilegítimos, sendo filhos não da sua esposa, mas da sua escrava egípcia.
  2. Irmão de Jafé, o mais velho: esta é a tradução literal do hebraico, embora alguns tradutores não tenham resistido à tentação de traduzirem irmão mais velho de Jafé, que parece mais lógico. Segundo o original, Jafé era o filho mais velho de Noé – e aparece em primeiro lugar neste capítulo.
Dos descendentes de Sem não constam outras nações além dessas, possivelmente porque perderam sua identidade ao se misturarem com as outras.
Pelegue recebeu esse nome, que provavelmente significa “repartição” porque nasceu nos dias em que a terra foi repartida. Existem três hipóteses:
  1. ao nascer ele, seu pai Héber repartiu seu território entre seus dois filhos.
  2. Noé talvez havia tentado repartir a terra entre seus descendentes, antes do episódio de Babel, na época em que Pelegue nasceu.
  3. mais provavelmente, Pelegue nasceu quando se deu a confusão de línguas em Babel.
          Os Egípcios são descendentes de Cão (Cam), filho de Noé. Leia atentivamente em Gênesis as descendências de Sem, Cão e Jafé, e você verá que Mizraim é descendente de Cão. Todos os nomes terminados em “im” são da parte do Egito. “Tradução comparada nas línguas francesa, espanhola e inglesa. Ao comparar com o português vemos que nas outras línguas onde em português está escrito Mizraim em Inglês está escrito Egito.”
 
          Complementando em minha comparação simultânea da Bíblia em vários idiomas posso afirmar que: Os latinos são descendentes de Jafé, os Africanos e Egípcios(também no continente africano e os Árabes)são descendentes de Cão. Os descendentes de Sem são os Judeus, algumas tribos árabes da parte de Ismael, os Norte Americanos provenientes da Inglaterra e da parte norte da Europa e da Ásia
.
          Os Índios Brasileiros são descendentes do grande caçador Ninrode da descendência de Cão, portanto os Latino-Americanos são uma mistura de descendências das tribos de Cão e Jafé.

 
Concluindo:

          É  fantástico ver como a profecia se comprova no domínio de Deus para os homens. Na maldição de Noé contra Cão, por tê-lo visto nu, foi que os seus descendente, de Cão, seriam escravos dos descendentes dos filhos de Jafé e de Sem, enquanto bendizia Jafé e Sem profetizando que seriam  grandes nações e os filhos de Jafé habitariam sob as tendas dos filhos de Sem.
 
          A prova: Os Latinos, Gregos e Italianos e Espanhóis e Portugueses, (descendentes de Jafé) (ver versão inglesa da Bíblia) desde os tempos do início da história, escravizaram seus adversários. Gregos a todos que não eram Gregos. Italianos nas conquistas romanas escravizaram todos a quem conquistavam inclusive a África. Portugueses escravizaram os Africanos e os Índios do Brasil, Espanhóis aos Índios da América Central. Os Americanos do Norte (descendentes de Sem) aos Índios e Negros e atualmente pelo poder econômico a todas as nações que habitam sob suas tendas. Portanto os descendentes de Cão foram amaldiçoados por Noé e a maldição se cumpriu ao longo de quatro mil anos de história. Se bem que na antiguidade as maiores representatividades foram os descendentes de Cão, a saber, a Assíria, a Babilônia, o Egito, hoje completamente sublevadas.


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Deus destinou os Negros para serem Escravos?



Deus destinou os negros para serem escravos?
          De modo nenhum. Sei que algumas correntes do cristianismo acreditam nisso, embora hoje não falem abertamente por se tratar de discriminação racial, mas um exame mais acurado dos textos bíblicos revela não existir qualquer discriminação de cor promovida ou aceita por Deus. Mesmo nos tempos bíblicos a idéia de escravidão baseada na cor da pele era algo desconhecido e que só veio a ser adotado muitos séculos mais tarde inicialmente pelo islamismo e depois pelos povos ocidentais.

          Há várias teorias sobre a origem das diferentes raças e cores dos seres humanos. Uma das mais conhecidas é a que define os três filhos de Noé, Sem, Cão e Jafé, como a origem dos povos semitas (árabes, israelitas de pele morena), negros e brancos, respectivamente. O problema com essa interpretação é que foi ela serviu de pretexto para a escravidão dos tempos coloniais, pelo fato de acharem que Cão, o filho amaldiçoado por Noé, fosse negro ou que seu filho Canaã fosse ancestral dos povos negros. Vamos ver o trecho:

Gênesis 9:18-27: "E os filhos de Noé, que da arca saíram, foram Sem, Cão e Jafé; e Cão é o pai de Canaã. Estes três foram os filhos de Noé; e destes se povoou toda a terra. E começou Noé a ser lavrador da terra, e plantou uma vinha. E bebeu do vinho, e embebedou-se; e descobriu-se no meio de sua tenda. E viu Cão, o pai de Canaã, a nudez do seu pai, e fê-lo saber a ambos seus irmãos no lado de fora. Então tomaram Sem e Jafé uma capa, e puseram-na sobre ambos os seus ombros, e indo virados para trás, cobriram a nudez do seu pai, e os seus rostos estavam virados, de maneira que não viram a nudez do seu pai. E despertou Noé do seu vinho, e soube o que seu filho menor lhe fizera. E disse: Maldito seja Canaã; servo dos servos seja aos seus irmãos. E disse: Bendito seja o SENHOR Deus de Sem; e seja-lhe Canaã por servo. Alargue Deus a Jafé, e habite nas tendas de Sem; e seja-lhe Canaã por servo".

          Mas a Palavra de Deus não diz qual era a cor da pele dos filhos de Noé, portanto é pura especulação acreditar que a divisão das cores características das raças tenha se originado nesse episódio da Bíblia. O mais simples e honesto é admitir que diferentes povos originários desses primeiros habitantes do mundo pós-diluviano tenham se isolado em diferentes regiões e, como consequência desse isolamento, tenham realçado certas características e debilitado outras.

          É muito fácil perceber isso quando vemos que todas as raças de cães vêm basicamente de um mesmo cão selvagem mais parecido com o lobo. Através do isolamento e do cruzamento seletivo foram conseguidas diferentes raças com características marcantes. Por exemplo, se você separar de uma ninhada apenas os cães com uma determinada cor e for cruzando esses e sempre selecionando cães com as mesmas características, no final você chegará a uma raça na qual todos os descendentes são praticamente iguais. Isso é feito com animais, peixe, insetos, vegetais, qualquer coisa viva. O mesmo pode ter acontecido com os seres humanos. Com os estudos atuais de genética muitos cientistas já admitem que não existe mais de uma raça, a humana.

          O mais importante é perceber que, na Bíblia, Deus não faz distinção de pessoas pela cor da pele. Ele obviamente escolheu um determinado povo em Abraão, depois escolheu novamente as doze tribos e vez ou outra destacava este ou aquele povo, esta ou aquela nacionalidade, mas não encontro distinções baseadas na cor da pele.

          Curiosamente, o primeiro gentio (não judeu) a se converter depois da formação da igreja em Atos foi um etíope, provavelmente negro, que era eunuco (castrado), ou seja, alguém que jamais poderia ser admitido no Templo de Jerusalém, não por ser negro, mas por ser gentio e castrado. Provavelmente as primeiras igrejas na África surgiram através do ministério desse eunuco, que era alguém proeminente na corte de uma rainha africana.
 
 
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Cam - Filho de Noé - Qual foi o seu pecado? Em qual descendência incidiu a Maldição?



Qual foi o pecado de Cam?

 
           Muitas pessoas ignoram a correta interpretação da bênção e maldição de Noé sobre os seus filhos. Na maioria das vezes por desconhecer as línguas originais e pelo fato de usarem o texto bíblico sem refletir corretamente a respeito de seu significado.

          Muitas distorções surgem dessa eisegese, que força o texto a dizer o que não diz para servir de pretexto e prova para debates contemporâneos. O presente artigo pretende dar uma resposta aos desvios de análise e interpretação dessa passagem, colocada no cenário hodierno para justificar o debate em torno de certa polêmica do Homossexualismo.
 
          Após as narrativas que estabelecem a aliança de Deus com Noé e seus filhos, segue-se uma tragédia na família de Noé (Gn 9.20-29). Um resumo dos fatos sucedidos facilitará a compreensão da narrativa:

    a) Noé se embriagou com o vinho da própria vinha (vs.20,21);

    b) Embriagado, apareceu nu dentro de sua própria tenda (v.21);

    c) Seu filho Cam e seu neto Canaã viram a nudez de seu pai e dele zombaram (v.22);

    d) Sem e Jafé ao tomarem conhecimento do fato, cobrem seu pai Noé, sem contemplar-lhe a nudez (v.23);

    e) Noé ao acordar profetiza bênçãos e maldições sobre os seus três filhos baseado nos atos anteriores (vs.24-27).

          Tem-se discutido muito acerca do ato de Cam e de seu filho Canaã, algumas das propostas de certos intérpretes vão desde o homossexualismo até a castração.

         Certos autores afirmam, sem apresentar qualquer base exegética que sustente suas afirmações, que o pecado pelo qual Canaã foi amaldiçoado foi o homossexualismo.

         Outros intérpretes mencionam Levítico 18 acerca dos atos sexuais praticados na terra de Canaã como uma referência de que os descendentes de Canaã continuaram a prática iniciada por seu pai. Pura fantasia! Relações das quais são narradas em Levítico 18.6-18, não era ato apenas dos cananitas e dos egípcios (descendentes de Cam – o Egito era descendente de Mizraim e não de Canaã) quase todas as civilizações do Oriente Próximo praticavam essas aberrações. A expressão “descobrir a nudez” (eufemismo para relações sexuais incestuosas -Lv 18), não deve ser confundida com “ver a nudez” (Gn 9.22), mesmo que, o texto de Gn 9.21, segundo Ellicott, traduz-se por (Noé) “despiu-se a si mesmo”. A expressão pode ser traduzida em sentido passivo,  “descobriu-se” (a ação é praticada por Noé). A referência remota está no contexto de Deuteronômio 27.16 e não Levítico 18.6-18.

          O termo nudez é usado nesse texto basicamente com o sentido de “estar exposto” e o verbo “ver” deve ser tomado em seu sentido próprio. Assim, a expressão “vendo a nudez do pai”, deve ser entendida em seu sentido óbvio e original, sem qualquer indicação de que existe uma mensagem oculta nas entrelinhas do texto. Cam encontrou seu pai desnudo na tenda, achou graça do episódio, e ridicularizou o pai na presença de seus irmãos.

          O hebraico possui pelo menos três termos para nudez, procedente do verbo ‘ûr (estar exposta à vista das pessoas; ser desnudado): ‘erôm (adjetivo, nu; substantivo, nudez); ‘ârôm (nu) e ma‘adrom (nu), qualquer um desses termos significa a mesma coisa, exceto quando o uso é figurado para descrever a opressão (Jó 24.7, 10; Is 58.7), ou mesmo a pobreza ou falta de recursos como em Jó 1.21. Um outro sentido é descrever a nudez tanto espiritual quanto física (Gn 3.7, 10,11), e até mesmo de que o sheol está desnudo diante de Deus (Jó 26.6; Sl 139.7), mas jamais o vocábulo é usado como eufemismo para o ato homossexual. O sentido primário é a condição de estar exposto, estar desnudo à vista das pessoas. Uma questão especial é o caso primevo de que Adão e sua esposa estavam nus diante de Deus na condição tanto física quanto espiritual. No sentido espiritual estavam conscientes de sua culpa e incapaz de escondê-la do Criador.

           A posição exegética de que o pecado de Cam e Canaã tenha sido contemplar de modo desrespeitoso a nudez do pai, encontra sua confirmação no versículo 25 que atesta que Sem e Jafé, para não recair no mesmo erro: “tomaram uma capa, puseram-na sobre os próprios ombros de ambos e, andando de costas, rostos desviados, cobriram a nudez do pai, sem que a vissem”. O contexto de Deuteronômio 27.16 reforça simetricamente o conceito expendido: “Maldito quem desonrar o seu pai ou a sua mãe”.  Lembremos que na antiga sociedade hebraica, ver a nudez de pai ou mãe era considerado uma calamidade social grave, e um filho ou filha ver tal nudez propositadamente era um lapso sério da moralidade entre pais e filhos. Portanto, Cam errou gravemente, de acordo com os padrões de sua época. E não somente errou pessoalmente, mas também correu até seus irmãos, fazendo do incidente um motivo de zombaria.

          Ao contrário de Cam e Canaã, Sem e Jafé evitaram cuidadosamente de incidir no mesmo equívoco de seu irmão e sobrinho (v.23). Ao despertar do sono e recuperar-se da embriaguez, Noé toma conhecimento dos atos de seus filhos, e seguindo a tradição do seu tempo pronuncia maldições e bênçãos segundo o agir de cada um deles.

    a) A maldição sobre Canaã


          Acredita-se que para que a maldição recaísse sobre Canaã, ele tenha participado de alguma forma do desrespeitoso ato de seu pai Cam. Das 63 ocorrências do termo ārar (maldição) no Antigo Testamento, o verbo ocorre por 12 vezes como antônimo do verbo abençoar (bārak), e um desses casos é o versículo 25 do texto em apreço. Seguindo os conceitos anteriores (Gn 3.14, 17; 4.11), o sentido primário é de que Canaã e sua descendência estariam banidos, cercados de obstáculos e sem forças para resistirem seus inimigos tornando-se escravos dos escravos (ebed ‘abādîm). Devemos notar, contudo, que embora Cam tivesse outros filhos além de Canaã (Cuxe, Mizraim e Pute – Gn 10.6), a maldição foi especificamente para Canaã e seus descendentes, isto é, os cananeus da Palestina, e não Cuxe e Pute, que provavelmente se tornaram os ancestrais dos etíopes e dos povos negros da África. O cumprimento dessa maldição fez-se à época da vitória de Josué (1400 a.C.) e também na conquista da Fenícia e dos demais povos cananeus pelos persas. Por fim, não se trata de uma maldição dirigida aos negros africanos como costuma afirmar certos intérpretes. Os canaanitas foram totalmente extintos segundo a posição de vários biblistas e historiadores.

    b) A bênção sobre Sem

           Particular atenção deve ser considerada aos textos que tratam da bênção sobre Sem e seu irmão Jafé. O primeiro deles é que para Sem o nome divino usado é YaHWeH El enquanto para Jafé é 'Elohîm. Os dois nomes são significativos dentro do contexto da promessa messiânica a Sem. O texto não diz “Bendito seja Sem”, mas “Bendito seja YaHWeH El de Sem”, isto é, “YaHWeH será tanto o Deus quanto a bênção de Sem”. Canaã por sua vez não seria submisso apenas ao Deus de Sem, mas ao próprio irmão. Aos descendentes de Sem seriam confiados a Aliança e o conhecimento do Senhor e através dela sairia o Messias.

    c) A bênção sobre Jafé


            A bênção do Senhor sobre Jafé está subordinada a de Sem: “habite ele nas tendas de Sem”, o que equivale a dizer que Jafé e Sem teriam relações diplomáticas amigáveis. Todavia, ’Elohîm engrandeceria a Jafé de tal forma que Canaã lhe seria servo (v.27). Além de Canaã receber a sua sentença imprecatória, esta foi reforçada em cada bênção pronunciada a seus irmãos. Os cananitas seriam escravos tanto dos semitas (linhagem judaica) quanto dos jafetitas (povos indo-europeus).
Assim, o pecado de Cam não foi a homossexualidade e a maldição sobre os seus descendentes não foi a cor negra.

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Ancestrais dos Espanhois desde Noé - Filho Jafé - Raças Indo-Européias - Origem dos Gentios - Parte 1



Origem dos Gentios
          Segundo a Bíblia, todos os humanos descendem de Noé, através de seus três filhos, Sem, Jafé e Cã. Gênesis, capítulo 10, alista 70 descendentes de Noé, dizendo: “[Destes] é que as nações se espalharam pela terra.” (Gênesis 10:32) Um dos muitos modos de serem classificadas essas nações é com referência à cor da pele. Na pele de todos os humanos normais há um pigmento marrom escuro chamado melanina.

          Noé e seus três filhos tinham todos certa medida desse pigmento escuro. De Sem procedem os babilônios, os assírios, os judeus e os árabes, que variam na cor da pele de clara para morena clara. Os descendentes de Jafé, que incluem as raças indo-européias, variam de pele clara para morena escura. Quanto a Cã (que significa trigueiro ou queimado do sol), alguns de seus descendentes, mas não todos, tinham pele escura. Os egípcios, de pele morena clara, descenderam de Mizraim, filho de Cã. Canaã, filho de Cã, que foi amaldiçoado por Deus por causa de má conduta, era antepassado dos cananeus de pele clara.

          Jafé e sua esposa achavam-se entre os oito ocupantes da arca, sobrevivendo assim ao Dilúvio. (Gên 7:13; 1Pe 3:20) Não tiveram filhos até após o Dilúvio, mas depois tiveram sete filhos: Gômer, Magogue, Madai, Javã, Tubal, Meseque e Tiras. (Gên 10:1, 2; 1Cr 1:5) Destes filhos, e também de alguns netos, provieram aqueles dos quais “se espalhou a população das ilhas das nações [“nações disseminadas pelos litorais”; PIB] pelas suas terras, cada um segundo a sua língua, segundo as suas famílias, pelas suas nações”. (Gên 10:3-5; 1Cr 1:6, 7) Historicamente, Jafé foi o progenitor do ramo ariano ou indo-europeu (indo-germânico) da família humana. Os nomes de seus filhos e netos são encontrados em textos históricos antigos como referentes a povos e tribos que moravam principalmente ao N e ao O do Crescente Fértil. Parecem ter-se disseminado do Cáucaso para o L, até a Ásia Central, e para o O, através da Ásia Menor, até as ilhas e terras litorâneas da Europa, e, talvez, até a Espanha. Tradições árabes afirmam que um dos filhos de Jafé foi também o progenitor dos povos chineses.
 
 

AS ORIGENS DOS FILHOS DE NOAH SHEM, CHAM E YAFEH QUE REPOVOARAM A TERRA, DEPOIS DO DILÚVIO!

Cam, Sem e Jafé filhos de Noé que repovoaram a terra.

Os descendentes de Adão e Eva povoaram a região próxima ao Jardim do Éden onde se localizam o Iraque e o Irã atualmente.

          Diante da corrupção humana, Yahuh nosso Deus resolveu exterminar toda a humanidade e os seres viventes, através do dilúvio. Dentre todos os homens, Deus encontrou um homem fiel, chamado Noé. Deus mandou que ele construísse uma Arca onde ele entrou com a sua família e os animais.

          Noé se tornou então o segundo patriarca (pai) da humanidade através dos seus três filhos: Sem, Cam (Cão) e Jafé que repovoaram a Terra.

Cam é o ascendente da raça camítica (Africana).

          Após anos do Dilúvio, Cam teria visto Noé embriagado e viu a sua nudez em sua tenda, e teria delatado a seus irmãos, ao invés de cobrir o pai (Gênesis 9). Quando recobrou a consciência, Noé amaldiçoou o filho de Cam, Canaã, referindo-se a ele como o "servo dos servos". Gênesis 9:25 "e disse: Maldito seja Canaã; seja servo dos servos a seus irmãos".

          Noé continua abençoando seus outros dois filhos, e novamente dizendo que Canaã será escravo deles (Gn 9:25-26 ). Mesmo tendo sido a sua linhagem condenada a ser o mais baixo dos escravos diante dos seus irmãos, ainda assim os seus descendentes floresceram. Entretanto, ao proferir tais palavras, Noé estaria profetizando que um dos descendentes de Sem (seu irmão), iria herdar a terra dos cananeus, apontando assim para a descendencia de Abraão.

          Diz-se que da linha de Cam veio a maior porcentagem dos não brancos (os negros). De Cam vieram as pessoas da África, e os Aborígines da Austrália. Cam teve quatro filhos:

          Cuxe, que teve seis filhos: Sebá, príncipe dos sebaenses; Havilá, príncipe dos havilenses, q agora são chamados getulienses; Sabtá, príncipe dos sabataenses(Astabarienses); e Raamá, príncipe dos ramaenses; Sabtecá; e Ninrode, que ficou entre os babilônios e tornou-se senhor deles...

          Pute (agora é a Africa) e Canaã (que estabeleceu-se na judéia e a qual colocou seu nome).
e Mizraim, que foi pai de oito filhos que ocuparam todos os países que estão entre Gaza e o Egito.

          Os descendentes de Mizraim são facilmente identificados com o Egito através de dois dos seus filhos, Naftuim e Patrusim. Cuse, o primeiro filho mencionado, é o pai do Sudão e da Etiópia. Pute está ligado à Líbia, da qual floresceram os seus descendentes.

          Canaã, o único filho amaldiçoado de Cam, cresceu, e da sua herança vieram os Heveus, os Jebuseus, os Arvadeus, os Girgaseus, os Amorreus, os Arqueus, os Sineus, os Hititas, os Sidonitas, os Perizitas e os Zemareus.


Os povos Hamíticos são conhecidos por suas invenções, descendentes de Cã

          Presume-se que o povo Hamítico foi o primeiro a domesticar muitos animais, descobrir o cobre, o ferro e o aço, e inventar maquinaria e técnicas. O mundo de hoje deve ao povo Hamítico a invenção de muitas técnicas de construção, ferramentas e materiais.

          Como o único filho amaldiçoado de Cam, é interessante saber que os seus descendentes tornaram-se os adversários mais perversos dos Hebreus.

          Os chineses são também descendentes de Cão. Deixaram a Caldéia para povoarem a China.

          Os hindus são também descedentes de Cão. Invadiram a Índia há 2.500 a.C. vindos da Caldéia, origem de todos os povos. Sua religião oficial é o bramanismo (Brama). essas são as civilizações descendentes de seus filhos e netos.


Sem foi um dos filhos de Noé, irmão de Cam e Jafé.

          Sem é o ascendente da raça semita tanto é que semita (sem+ita quer dizer descendentes de Sem) (Oriente médio).

          O texto bíblico informa que Noé, com a idade de quinhentos anos gerou a Sem, Cam e Jafé, o texto bíblico informa que Sem, com a idade de cem anos, gerou a Arpachade, dois anos depois do dilúvio. Depois ainda viveu mais quinhentos anos, sendo pai de muitos filhos, chegando, portanto, a seiscentos anos de vida. Assim, pela bíblia e pelos cálculos aritméticos, Sem teria alcançado até a décima geração de sua desdendência, isto é, o patriarca Jacó.

          Através da descendência de Sem surgiram Abraão e Ló. E também seria através de Sem que Abraão é dito que o patriarca hebreu teria herdado o Sacerdócio e a terra da Palestina, confirmando que havia sido dito por Noé, quando este disse que Canaã seria escravo de Sem. E também foi a linhagem de Sem que foi preservada para avinda do messias ao mundo.

Cinco dos filhos de Sem foram Elão, Assur, Arpachade, Lude e Arã.

De Elão vieram os Elamitas, os habitantes originais do Irã, e também da Arábia, os persas

Do povo Assur veio a Assíria. Ele construiu a cidade de Nínive.

De Lude vieram os Lidianitas, que fundaram Anatólia, que se tornou a Turquia.

De Arã veio o povo Aramaico, Armênia, Mesopotâmia e Síria. Embora pouco se sabe a respeito de Arã, diz o texto bíblico que ele foi pai de Uz, Hul, Geter e Más (Gênesis 10:23)

Arpachade que se acredita ser um dos antepassados de Abraão, era o pai dos Acádios que viveram no Iraque e construíram o primeiro Império pós-Babel. Hoje são os caldeus.

Arpachade foi pai de Salá, e Salá foi pai de Heber, que teve por filho Joctã, e Pelegue. e Joctã teve numerosos filhos, os quais seriam: Almodá, Selefe, Hazar-Mavé, Jerá, Hadorão, Uzal, Dicla, Obal, Abimael, Sabá, Ofir, Havilá e Jobade, que se espalharam desde o rio Confem que esta na India, até a Assiria. Já Pelegue, teve por filho Réu, que foi pai de Serugue, que foi pai de Naor, e q teve terá, q foi o pai de Abraão.

Os hebreus são descendentes de Sem, conhecidos pelo termo "hebreus" apartir de Héber.

          A sua pátria era Canaã ou Palestina. Mas foram dominados pelos caldeus, persas, gregos e romanos. Como foram rebeldes, foram dispersos pelo mundo despatriadamente. Em 1948 d.C foi criado o estado de Israel. Muitos judeus deixaram os países onde moravam e voltaram à pátria dos seus ancestrais, Israel, cuja capital é Jerusalém; e ainda estão voltando nos dias de hoje...

Jafé seria o pai dos europeus:

          Foi o terceiro filho de Noé, é conhecido pela sua contribuição intelectual para o mundo. Jafé teve, no total, sete filhos, Gomer, Magogue, Madai, Javã, Tubal, Meseque e Tiras. De Gomer vieram os Sumerianos, que residiram onde hoje é a Rússia, até que os Scitianos, que eram descendentes de Magogue (outro filho de Jafé), os expulsaram.

          Também vieram da linha de Magogue os Eslavos, os Russos, os Búlgaros, os Boêmios, os Poles os Eslovacos e os Croatas. Madai, o terceiro filho de Jafé, é antepassado dos Medos, Persas, Afegãos e Curdos. Tubal deu seu nome aos tubalinos, que foram os iberos e que hoje são os espanhois.

          Javã e seus quatro filhos, Elisá, Tarsis, Quitim e Dodanim, são conhecidos como os antepassados do povo Mediterrâneo. Presume-se que dos filhos de Javã veio Grécia, Chipre, os Tarsos, Cilícia, Itália e Rodes (ilha grega). Vivendo ao Sul do Mar Negro os primeiros descendentes de Tiras foram os Trácios, uma raça atualmente extinta.

          Os Trácios foram também os predecessores dos Albaneses. De Tiras vem a linha dos Georgianos, Armênios e Caldeus, todos da Capadócia ou do Leste da Turquia. Meseque foi o pai dos Prigianos, que habitaram a Turquia.

          Os Semiticos tenderam a pôr ênfase na procura pela retidão, buscavam encontrar um caminho que os conduzissem a Deus; os Jaféticos ou o povo indo-europeu pôs ênfase na procura do entendimento, originando a filosofia; e os Hamíticos procuraram o poder, riquezas...

          É incrível perceber quantas diferentes raças e culturas foram trazidas ao mundo! Os três filhos, Sem, Cam e Jafé, todos trouxeram características específicas, planejadas por Deus, para encher a terra. Embora tenha havido erros durante o caminho, a vontade de Deus foi feita em tudo.

Mais detalhes do repovoamento da terra depois do diluvio, ver livro de Flávio Josefo, historiador hebreu conceituado, pag. 53,54,55.

E neste link tbm...

http://www.reinodapaz.com.br/outros/compare_os_descendentes_de_sem
_cam_e_jafe.html

sexta-feira, 13 de setembro de 2013

Dons x Frutos do Espírito Santo: Um fim na Confusão!

Dons X Frutos do Espírito Santo: um fim na confusão


          Jesus, quando neste mundo, não tinha igreja. Quando se referia à Igreja, se referia às pessoas unidas na mesma fé e na mesma esperança: o Reino de Deus. Mesmo dentro das comunidades que o seguiam, mas principalmente naquelas que o ignoravam ou, simplesmente, não aceitavam sua mensagem, Jesus pregava aos seus que não julgassem o próximo, para não correrem o risco de misturar o joio com o trigo (já que as aparências, palavras e gestos enganam). Jesus nos ensinou que é pelo fruto produzido que as pessoas e seus corações serão conhecidos.
 
 
Dons X Frutos do Espírito Santo: um fim na confusão
 
          Dons são carismas concedidos pelo Espírito Santo a qualquer ser-humano, cristão ou não, conforme a orientação, missão e talento de cada um. Começam no espírito, mas se aperfeiçoam na carne, no dia a dia. Para serem santos, precisam gerar frutos do Espírito, pois cada cristão é sal da terra e luz do mundo.
 
          Na Bíblia existem diferentes relações dadas por Paulo sobre os dons do Espírito Santo, ora 7, ora 9. São alguns dos dons do Espírito Santo: Amor, Ciência, Cura, Exorcismo, Profecia, Discernimento/Entendimento/Compreensão, Interpretação de Línguas/Tradução de Línguas, Oração/Intercessão, Palavra, Penitência e Fé, que é dom e graça.
 
          Somando Paulo, Pedro e outros, são em torno de 36 dons citados na Bíblia, mas essa lista não é exaustiva. Esses dons não dão o contorno total de Deus, que é infinito em poder, amor e misericórdia.
O Espírito Santo, por sua vez, é criativo ao promover os dons. Basta ver a Natureza. E o corpo glorioso de Cristo – a Igreja – não pode ser menos que a Natureza. Então que os dons se manifestem livremente, como o Espírito Santo, em favor do Evangelho, cada qual na melhor versão de si mesmo, que é ser parecido com Jesus e não com outra pessoa. A unidade é a diversidade de dons, de personalidades, todas imbuídas no mesmo Espírito.
 
          Dons são dádivas de Deus para Salvação do Homem e não para propaganda de Deus ou do Homem; portanto, não se prestam à auto-jactância. Devem, contudo, edificar a Jesus e cumprir seu papel com os que seus benefícios recebem, segundo o Espírito Santo. Não são, entretanto, evidência de proximidade com Cristo ou mesmo de santificação e evolução consciente na graça de Deus. Não trazem caráter especial a quem os têm e também não são sinal de saúde espiritual.
 
          Os dons não devem se manifestar de forma apoteótica. Quando entendidos dessa forma, esquizofrenizam, alienam e geram mundos paralelos para as pessoas, pois se transformam eles em elementos maiores que o Espírito Santo que os distribui.
 
          A experiência real com Cristo é espiritual, a partir do conhecimento real de Deus (certeza, abertura, sentimento e sabedoria) e não emocional ou psíquica. Quando a conversão é emocional, o crente despreza o fruto, não dá frutos, porque este é sublime e deve ser tangibilizado.
 
          Os frutos, por sua vez, são o sinal, a manifestação real do Espírito Santo pela pessoa em suas atitudes no dia a dia, seu auto-controle, o abandono da doença da carne, da mente e do coração. Do contrário, os dons acabam sendo usados para domínio dos outros, de forma vazia ou mesmo maligna. Ou, como prova o ditado popular: carisma sem quebrantamento e sem caráter é receita eficaz para a produção de diabinhos. Aliás, não é por outra razão que, em geral, as grandes obras do Espírito-Santo – a unção real – acontecem com os pequeninos, sem holofotes e plateias.
 
          Por isso, todo cristão deve ser julgado por seus frutos e não por seus dons. Cada qual deve prestar contas de entregar resultados práticos, transformacionais e definitivos na vida dos irmãos que tocam.
 
          E quais são os frutos do Espírito Santo? Em Gálatas 5,22, lemos “Mas o fruto do Espírito é: amor, alegria, paz, longanimidade, benignidade, bondade, fidelidade, mansidão, domínio próprio.” Agora, vejamos bem: a palavra fruto aparece no singular e não no plural, o que nos leva a entender que são nove virtudes que fazem parte de um todo, de maneira que se faltar alguma dessas virtudes em nós não estaremos completos.  E, claramente, o amor é a maior delas, pois é o reflexo do caráter de Deus, sua maior definição e é a virtude que dá sentido e vida a todas as demais.
 
          Cumpre, contudo, esclarecer que o amor é uma decisão da vontade e não um sentimento involuntário, porque é um mandamento (“amai a Deus sobre todas as coisas”, “amai-vos uns aos outros como Eu vos amei”, ”amai vossos inimigos”). É um sentimento independente e soberano que não exige reciprocidade (passagem Paulo “o amor é…). É a principal marca do cristão e é o elo mais forte de relação de Deus com o Homem, que nos amou primeiro e incondicionalmente dando seu único filho para nossa salvação e para a redenção de nossos pecados.
 
          Esse é um ato de Kênosis de Deus como prova cabal de seu amor incalculável pela Humanidade que criou. Viver no amor e no perdão é o caminho certo de nossa redenção. Por isso, devemos amar até quem não gostamos, e por isso também nos confirmamos espiritualmente doentes se gostarmos de alguém ou algo que eu não possamos amar á frente do trono de Deus e da cruz de Jesus Cristo.
 
           O Primeiro Amor (ref. Apocalipse) nunca deve ser perdido. Ele é o prazer no servir e a prioridade no servir e não um conjunto de atos mecânicos, ou por vaidade, por ego, por posição, por obrigação, por auto-estima. A Igreja avivada e renovada pelo Espírito Santo nunca perde o Primeiro Amor.
 
           Aqueles que julgam e “marketeiam” dons e carismas que não lhes foram dados, são estelionatários do Espírito Santo. A cada qual, segundo a vontade de Deus, foi dado um ou mais de um dom para que o corpo todo tenha sentido, pois somos todos membros do mesmo corpo – o corpo de Cristo – e assim damos sentido uns aos outros e ao todo. Por isso todos os dons são importantes e complementares. Por isso todos os dons são iguais, porque todos somos iguais, mas esses dons nos são dados por um só e mesmo Espírito. Por isso, se um membro sofre, todos sofrem com ele. Se um se beneficia, todos são beneficiados.
 
          Quem se rebela contra ser quem é, está em rebelião contra a vontade soberana de Deus. Murmurar é pecado por isso, porque diz que Deus não é Deus suficiente para nós. Não podemos, portanto, perder de foco a integridade do propósito do Espírito Santo em nossas vidas. Temos que nos voluntariar aos dons que nos são dados, com desapego e serviço. Esse processo do Espírito Santo em cada um de nós tem um papel curador, terapêutico para o nosso espírito… de conexão com o plano de Deus para cada qual.
 
 
O Mover do Espírito em cada um de nós
 
             O maior milagre de Deus é o moral, aquele que converte a humanidade. Por isso, a Igreja é o sinal eficaz de Cristo na Terra.
 
           A presença do Reino de Deus em nossas vidas se verifica pela nossa fé e pelas nossas atitudes e nossas obras, mas por graça e não por mérito. Então, para que se identifique se alguém está cheio do Espírito Santo, basta identificar os frutos que produz, os frutos do Espírito em cada um. Quando agimos em favor do Reino de Deus, a conspiração positiva em nosso favor cresce, sem que precisemos fazer nada, porque Este transborda de dentro de nós positivamente aos outros. Afinal, aos seus amados, Deus dá enquanto eles dormem e isso é o poder do pequeno, a força do amor.
 
           É pelo Espírito Santo que nos apropriamos da única bem-aventurança presente no Evangelho de João, a partir da profissão de fé de Tomé, cf Jo, 20-29 “Meu Senhor e meu Deus! Jesus lhe disse: Acreditaste, porque me viste. Felizes os que creram sem ter visto”
 
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O Batismo no Espírito Santo e o Testemunho do dia a dia
 
          A Palavra de Deus e o Espírito Santo não se separam, pois a Palavra e o Espírito dão testemunho de Jesus. Quem tem só a palavra, tem carisma, mas não tem o poder real do Espírito. Quem busca poder, sem a Palavra, espiritismo sem a Palavra, acaba caindo no misticismo, no poder psíquico (Mt 7, 21 – “Nem todo o que me diz: Senhor, Senhor! entrará no reino dos céus, mas aquele que faz a vontade de meu Pai, que está nos céus”). Os frutos do Espírito são a verdadeira “propaganda” do Reino de Deus, assim como o figo é a melhor propaganda da figueira e a laranja da laranjeira. Quem é do Espírito Santo começa na Palavra, tendo Jesus como centro e o Evangelho como Caminho, ponto de apoio e ponto de chegada.
 
          O Evangelho vivido dia a dia cria uma camada capaz de cercear os impulsos mais humanos, até o ponto em que um ser-humano, mergulhado em Deus, viver como se fosse maioria absoluta, no meio da mais absoluta maioria contrária, no meio da mais absoluta contradição em relação à sua reputação. O que importa mesmo é uma boa consciência diante de Deus, para que se viva sem medo e para Deus.
 
          Por isso, podemos afirmar que há ação do Espírito Santo no ser humano sempre que este se converte dos seus pecados, pelo arrependimento, e passa a crer em Jesus Cristo como único e suficiente Senhor e Salvador, pedindo a Deus que lhe revista e encha do Espírito Santo.
 
          Tal experiência é chamada de batismo no Espírito Santo. Isto tem ocorrido durante toda a história do cristianismo. Portanto, é dos frutos e da conversão que se deve dar testemunho e não dos dons e bênçãos eventualmente distribuídos – e esse testemunho deve ser dado com a própria vida, no dia a dia, e não somente com palavras. Por isso, deve ser genuíno, experiencial, para a glória de Deus e para a referência prática dos outros irmãos.
 
 
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O Espirito de Deus: Primeiro no Universo e depois em Nós! Transformando o Caos Destrutivo em Caos Criativo!

O Espírito no Cosmos, no Ser Humano e em Deus

 Leonardo Boff*
 

         Vivemos numa época, particularmente, anêmica de espírito. A cultura do consumo afogou o espírito na materialidade opaca. E sem espírito perdemos o que há de melhor em nós: a comunicação livre, a cooperação solidária, a compaixão amorosa, o amor sensível e a sensibilidade cordial pelo outro lado de todas as coisas, de onde nos vem mensagens de beleza, de grandeza, de admiração, de respeito, de veneração e de transcendência.
 
          Neste domingo, dia de Pentecostes, os cristão celebram a irrupção do Espírito sobre amedrontados seguidores de Jesus. Transformou-os em corajos mensageiros de sua mensagem libertadora, alcançando-nos a nós até os dias de hoje. Nesta oportunidade, cabe uma reflexão sobre o espírito em minúsculo e sobre o Espírito em maiúsculo.

 
O espírito: primeiro no universo depois em nós
 
          Somos, singularmente, portadores de grande energia. É  o espírito em nós. O espírito, na perspectiva da nova cosmologia, é tão ancestral quanto o cosmos. Espírito é aquela capacidade que os seres, mesmo os mais originários, como os hádrions, os topquarks, os prótons e os átomos de se relacionarem, trocarem informações e de criarem redes de inter-retro-conexões, responsáveis pela unidade complexa do todo. É próprio do espírito criar unidades cada vez mais altas e elegantes.
 
          O espírito, primeiramente, está no mundo, somente depois está em nós. Entre o espírito de uma árvore e nós a diferença não é de princípio. Ambos são portadores de espírito. A diferença reside no modo de sua realização. Em nós seres humanos, o espírito aparece como aucoconsciência e liberdade.
Espírito humano é aquele momento da consciência em que ela se sente parte de um todo maior, capta a totalidade e a unidade e se dá conta de que um fio liga e re-liga todas as coisas, fazendo que sejam um cosmos e não um caos. Como se relaciona com o Todo, o espírito em nós nos faz sermos um projeto infinito, uma abertura total, ao outro, ao mundo e a Deus.
 
          A vida, a consciência e o espírito pertencem, portanto, ao quadro geral das coisas, ao universo, mais concretamente, à nossa galáxia, à Via-Láctea, ao sistema solar e ao planeta Terra. Para que tivessem surgido, foi preciso uma calibragem refinadíssima de todos os elementos, especialmente, das assim chamadas constantes da natureza (velocidade da luz, as quatro energias fundamentais, a carga dos elétrons, as radiações atômicas, a curvatura do espaço-tempo entre outras). Se assim não fosse não estaríamos aqui escrevendo sobre isso.
 
          Refiro apenas um dado do último livro do astrofísico e matemático Stephen Hawing “Uma nova história do tempo”(2005): ”Se a carga elétrica do elétron tivesse sido ligeiramente diferente, teria rompido o equilíbrio da força eletromagnética e gravitacional nas estrelas e, ou elas teriam sido incapazes de queimar o hidrogênio e o hélio, ou então não teriam explodido. De uma maneira ou de outra a vida não poderia existir”(p.120). A vida pertence,pois, ao quadro geral.
 

O princípio andrópico fraco e forte
 
          Para conferir alguma compreensão a esta refinada combinação de fatores se criou a expressão “princípio andrópico” (que tem a ver com o homem). Por ele se procura responder a esta pergunta que naturalmente colocamos: por que as coisas são como são? A resposta só pode ser: se fosse diferente nós não estaríamos aqui. Respondendo assim não cairíamos no famoso antropocentrismo que afirma: as coisas só têm sentido quando ordenadas ao ser humano, feito centro de tudo, rei e rainha do universo?
 
          Há esse risco. Por isso os cosmólogos distinguem o princípio andrópico forte e fraco. O forte diz: as condições iniciais e as constantes cosmológicas se organizaram de tal forma que, num dado momento da evolução, a vida e a inteligência deveriam necessariamente surgir. Esta compreensão favoreceria a centralidade do ser humano. O princípio andrópico fraco é mais cauteloso e afirma: as precondições iniciais e cosmológicas se articularam de tal forma que a vida e a inteligência poderiam surgir. Essa formulação deixa aberto o caminho da evolução que demais a mais é regida pelo princípio da indeterminação de Heisenberg e pela autopoiesis de Maturana-Varela.
 
          Mas olhando para trás, nos bilhões de anos, constatamos que de fato assim ocorreu: há 3,8 bilhões de anos surgiu a vida e há uns quatro  milhões de anos, a inteligência. Nisso não vai uma defesa do “desenho inteligente” ou  da mão da Providência divina. Apenas que o universo não é absurdo. Ele vem carregado de propósito. Há uma seta do tempo apontando para frente. Como afirmou o astrofísico e cosmólogo Feeman Dyson:”parece que o universo, de alguma maneira, sabia que um dia nós iríamos chegar” e preparou tudo para que pudéssemos ser acolhidos e fazer o nosso caminho de ascensão no processo evolucionário.

 
O universo autoconsciente
 
          O grande matemático e físico quântico Amit Goswami, que muito vem ao Brasil,  sustenta a tese de que o universo é autoconsciente (O universo autoconsciente, Record 2002). No ser humano ele conhece uma emergência singular, pela qual o próprio universo através de nós se vê a si mesmo, contempla sua majestática grandeza e chega a uma certa culminância.
 
          Cabe ainda considerar que o cosmos está em gênese, se autoconstruindo e em expansão contínua. Cada ser mostra uma propensão inata a irromper, crescer e irradiar. O ser humano também. Apareceu no cenário quando 99,96% de tudo já estava pronto. Ele é expressão do impulso cósmico para formas mais complexas e altas de existência.
 
          Alguns aventam a idéia: mas não seria tudo puro acaso? O acaso não pode ser excluído, como mostrou Jacques Monod no seu livro  O acaso e a necessidade, o que lhe valeu o prêmio Nobel em biologia. Mas ele não explica tudo. Bioquímicos comprovaram que para os aminoácidos e as duas mil enzimas subjacentes à vida pudessem se aproximar, constituir uma cadeia ordenada e formar uma célula viva seriam necessários trilhões e trilhões de anos. Portanto mais tempo do que o universo e a Terra possuem que é de 13,7 bilhões de anos.
 
          Talvez o recurso ao acaso mostre apenas nossa incapacidade de entender ordens superiores e extremamente complexas como a consciência,  a inteligência, o afeto e o  amor. Neste sentido a visão de Pierre Teilhard de Chardin do universo que mais e mais se complexifica e assim permite a emergência da consciência e da percepção de um ponto Ômega da evolução na direção do qual estamos viajando, seja mais adequada para expressar a dinâmica mesma do universo.
 
Não seria melhor  calarmos reverentes e respeitosos diante do mistério da existência e do sentido do universo?

 
Depois destas reflexões já estamos habilitados a abordar a dimensão teológica do espírito como  Espírito Criador.
 

O Espírito Criador e a Cosmogênese.
 
          Como não podia deixar de ser, Deus também é incluído na dimensão do espírito. E por excelência. Está presente na primeira página da Bíblia quando se narra a criação do céu e da terra. Diz-se que sobre o touwabohu, isto é, sobre o caos, melhor, sobre as águas primitivas “soprava um ruah (um vento, uma energia) impetuoso” (Gn 1,2). Daquele caos tirou todas as ordens: os seres inanimados, os animados e o ser humano. A este, tirado do pó como todos os demais, Deus “soprou-lhe nas narinas o ruah de vida, o espírito, e ele tornou-se um ser vivo”(Gn 2,7). É no capítulo 37 de Ezequiel que irrompe, de forma insuperavelmente plástica, a força vital do espírito. Quando este vem, os ossos ressequidos ganham carne e se transformam em vida.
 
          Também as expressões mais altas do ser humano são atribuídos à presença do espírito nele, como a sabedoria e a fortaleza (Is 11,2), a riqueza de idéias (Jo 32,28), o senso artístico (Ex 28,3), o desejo ardente de ver Deus e o sentimento de culpa e a consequente penitência (Ex 35,21; Jr 51,1; Esd 1,1; Es 26,9; Sl 34,19; Ez 11,19; 18,31).

 
Deus “tem” espírito
 
          Esta força criadora e vivificadora é eminentemente possuída por Deus. As Escrituras falam com frequência do espírito de Deus (ruah Elohim). Ele é dado a Sansão para ter força portentosa (Jz 14,6; 19,15), aos profetas para terem coragem de denunciar em nome dos pobres da Terra as injustiças que padecem, para enfrentar o rei, os poderosos e anunciar-lhes o juízo de Deus.
 
          Especialmente no judaísmo inter-testamentário se esperava para os fins dos tempos a efusão do espírito sobre toda a criatura (Jl 2,28-32; At 2, 17-21). O Messias será “forte no espírito” e virá dotado de todos os dons do espírito (Is 11,1ss).
 
          É neste contexto do judaísmo tardio que surge a tendência de personificar o espírito. Ele continua sendo uma qualidade da natureza, do ser humano e de Deus. Mas sua ação na história é tão densa que começa a ganhar autonomia. Assim se diz, por exemplo, que “o espírito exorta, se aflige, grita, se alegra, consola, repousa sobre alguém, purifica, santifica e enche o universo”. Jamais se pensa nele como criatura, mas algo do mundo de Deus que, quando se manifesta na vida e na história, tudo transforma.

 
O Espírito é Deus
 
           A compreensão começou a mudar quando se cunhou uma expressão decisiva:”espírito de santidade” ou “espírito santo”. Esta formulação guarda certa ambiguidade, pois pode-se dizer espírito santo para se evitar dizer o nome de Deus (coisa que  os judeus até hoje, por respeito, evitam) como pode-se significar o próprio Deus. “Santo” para a mentalidade hebraica, é o nome por excelência de Deus o que equivale dizer na compreensão grega Deus como  transcendente, distinto de todo e qualquer ser da criação.
 
          Em resumo podemos afirmar: pela palavra espírito (ruah) aplicado a Deus (Deus “tem” espírito, Deus envia o seu espírito, o espírito de Deus) os judeus expressavam a seguinte experiência: Deus não está atado a nada; irrompe onde quer; confunde planos humanos; mostra uma força à qual ninguém pode resistir; revela uma sabedoria que torna estultície todo o nosso saber. Assim Deus se mostrou aos líderes políticos, aos profetas, aos sábios, ao povo, especialmente, em momentos de crise nacional (Jz 6,33; 11, 29; 1 Sam 11,6).
 
          Assim como é dado ao rei para que governe com sabedoria e prudência, no caso o rei Davi (1 Sam 16,13) será dado também ao servo sofredor, destituído de toda pompa e grandiloquência (Is 42,1) Em Is 61,1 se diz explicitamente:”o espírito de Javé está sobre mim porque Javé me ungiu… para anunciar a libertação dos cativos e a boa-nova para os pobres”, texto que Jesus aplicará a si na sua primeira aparição na sinagoga de Nazaré (Lc 4, 17-21). Por fim, o espírito de Deus não sinaliza apenas sua ação inovadora no mundo, mas aponta para o próprio ser de Deus. O espírito é Deus. E Deus é  Espírito. Como Deus é santo, o Espírito será  o Espírito Santo.
 
          O Espírito Santo penetra tudo, abarca tudo, está para além de qualquer limitação. “Para onde irei para estar longe de teu Espírito? Aonde fugirei para estar longe de tua face? Se eu escalar os céus, ai estás, se me colocar no abismo, também ai estás”(Sl 139,7) Até o mal não está fora de seu alcance. Tudo o que tem a ver com mutação, ruptura, vida e novidade tem a ver com o espírito. O Espírito Santo está tão unido à história que ela de profana se transforma em história santa e sagrada.

 
O Espírito num mundo sem espírito e em degradação
 
          Hoje sentimos a urgência da irrupção do Espírito Santo como na primeira manhã da criação.  A Carta da Terra, face à crise mundial ecológica, com energias negativas que nos podem arrastar ao abismo, afirma: ”Como nunca antes da história, o destino comum nos conclama a buscar um novo começo. Isto requer uma mudança na mente e no coração. Requer um novo sentido de interdependência global e de responsabilidade universal…Temos ainda muito que aprender  a partir da busca conjunta por verdade e sabedoria (final).
 
          Cabe ao Espírito iluminar nossa mente e transformar nosso coração. Se fizermos esta conversão dificilmente escaparemos das ameaças que pesam sobre o sistema-vida e sistema-Terra. Cabe ao Espírito a capacidade de transformar o caos destrutivo em caos criativo, como operou no primeiro momento do big bang. Ele pode transformar a tragédia possível numa crise acrisoladora que nos permite dar um salto de qualidade rumo a uma nova ordem, mais alta, mais humana, mas cordial, mais amorosa e mais espiritual. O universo, a Terra e cada um de nós somos templos do Espírito.

 Ele não permitirá que seja desmantelado e destruído.
 
Importa suplicar ao Espírito: Vem, Espírito Criador! Renove a face da Terra, aqueça nossos corações e rasgue um horizonte de sentido e de esperança para a nossa realidade humana desumanizada.
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*Leonardo Boff é coteólogo, um dos redatores da Carta da Terra e escritor.
Fonte:  http://leonardoboff.wordpress.com/2012/05/26/o-espirito-no-cosmos-no-ser-humano-e-em-deus/

Vinda de Deus como Homem é um dos maiores mistérios do Deus Altíssimo!


                       
                   Este é o site que proclama a voz do Espírito Santo


         A encarnação de Yahweh na pessoa de Jesus Cristo é um dos maiores mistérios de Deus. Ficamos maravilhados em saber que o Supremo Criador tenha se identificado com as sua criaturas. Tal resposta para isso se encontra em João 3.16. Verdadeiramente, se a encarnação é um mistério de Deus, então, humanamente falando, não poderá ser perfeitamente explicada.
 
         Diante disso, o que temos a fazer é pedir que o Espírito Santo continue nos ajudando, na tentativa de ao menos limitadamente explicar a misteriosa encarnação do Logos, pois esta obra é dEle.
 
         O trinitarianismo afirma que o Filho de Deus pré-existente (segunda pessoa da Trindade) se encarnou, vindo assim, a ter duas naturezas, a divina que já tinha e a humana a qual veio a possuir por meio de seu nascimento virginal. Sendo assim, afirma a doutrina trinitarista que houve uma fusão entre divino-humano.
 
         É bom salientar que, este conceito definido como fusão do divino e o humano, toma um caminho totalmente contrário da encarnação, nada tem a ver com encarnação que a Bíblia realmente ensina. Se houve uma fusão, então, não houve uma encarnação ou vice-versa, pois, ambas são coisas realmente opostas.
 
          As passagens que falam como seria a encarnação do Logos (a Palavra), estão em Mateus 1.18-25 e Lucas 1.31-35. Elas nos dizem que Maria se achou grávida do Espírito Santo. O Anjo disse a José: «Não temas receber Maria tua mulher, porque o que nela foi gerado é do Espírito Santo» (Mat 1.18, 20).
 
         Quando se fala na encarnação de Cristo, a ideia que se tem (com afirma os trinitarianos) é que houve a fusão do divino com o humano, ou seja, de que o Filho eterno se encarnou, tornando-se homem. Outros ainda acham que Maria foi apenas uma espécie de «incubadora».
 
         Respondendo os dois conceitos acerca da encarnação. Este último conceito, que diz que Maria foi apenas uma espécie de incubadora, na sua maneira de ilustrar a encarnação, contraria na verdade uma real encarnação, colocando Jesus Cristo, não como um autêntico Homem, mas, como um Cristo docético, que apenas parecia ser humano. Dissemos assim, é porque se Maria foi apenas uma incubadora, deveras então, que o corpo físico de Jesus não era produto de Maria, mas, do Espírito Santo. O que contradiz uma verdadeira encarnação.
 
         Como se sabe, o homem é um ser espiritual, possui um corpo físico, mas  é também dotado de um espírito (ou alma), que é realmente o homem essencial. O corpo físico é um “veículo de expressão” da alma neste mundo. Jesus Cristo foi totalmente humano (vede), por isso possuía tanto um corpo físico como um “espírito humano” (Mat 26.38,27.50 e Atos 2.27). Se Jesus não tivesse um espírito humano, então não seria humano.
 
         Maria contribuiu com a encarnação, sim, pois a carne e o sangue, e toda a matéria que compõe um corpo físico provieram de Maria. Agora o «espírito humano» de Jesus foi um ato direto «..gerado pelo Espírito Santo» em Maria. Por conseguinte, foi o «espírito humano» de Cristo que o Espírito Santo gerou em Maria: Por exemplo, os seres humanos foram dotados e capacitados por Jeová para gerar tanto o corpo físico como o espírito (ou alma) humano. O homem e mulher foram capacitados para gerar tanto o corpo físico com a alma, sendo assim, a alma é gerada pela coabitação do homem com a mulher.

         Este tipo de origem da alma é chamado de traducionismo. Essa teoria da origem da alma, chamada traducionismo, era defendida a princípio pelos estóicos, e mais tarde, por Agostinho. Essa teoria supõe que o homem e mulher, como seres físico-espirituais que são naturalmente, e sem qualquer intervenção direta e continua da parte de Deus, produzem seres que são tanto físicos como espirituais – os seus filhos. E isso significa que  tanto a «alma» (ou espírito) como o corpo físico seriam produtos da procriação. Sobre este assunto, estaremos falando futuramente, aliás, este é um assunto muito importante, onde poderemos conhecer a nós mesmos. O homem é um ser essencialmente espiritual, embora temporariamente esteja aprisionado a um corpo físico. Por isso, como espírito (ou alma) que é o homem essencial, ele é imortal. Há alguns, ditos “cristãos”, que não crêem na imortalidade da alma, mais isso não muda a verdade, sobre a imortalidade da alma.   
 
         Seguindo a linha ordinária da procriação dos seres humanos, segundo os conceitos bíblicos, se confirma que todos os seres humanos nascem em pecado, ou seja, nascem pecadores, que é o fruto da nossa natureza caída, conhecida como «pecado original» (Sal 51.5, Ef 2.3; Rom 3.23; 5.12). A sede do pecado é essencialmente a alma e não o corpo físico do homem, ao contrário da idéia gnóstica (dos dias  apostólicos), que asseveravam que o corpo físico é que era mal, que então deveria ser destruído para que a alma fosse liberta.
 
        Caso o corpo físico fosse a sede do pecado, então Jesus seria pecador, sendo que a carne e o sangue de Jesus provieram de Maria. Por outro lado, como o espírito (ou alma) é que é a sede do pecado, por isso o espírito foi gerado pelo Espírito Santo, para que viesse a ser impecável. Portanto, resumidamente expondo o trabalho do Espírito Santo foi gerar no ventre de Maria o espírito humano de Jesus, isto é o que deixa subentendido nas palavras de Maria, ao questionar as palavras do anjo sobre o nascimento de um filho; «... como será isto, pois não tenho relação com homem algum?» Confira a resposta do anjo a Maria no versículo seguinte (vs.35).
 
        O espírito humano gerado por Espírito Santo no ventre da virgem (na ocasião) Maria, deu origem à célula inicial, consequentemente o embrião em todas as fases de seu desenvolvimento. Verdadeiramente o Pai de Jesus foi o Espírito Santo, e a sua mãe foi Maria. É plenamente ridícula àquela ideia que diz que Maria é mãe de Deus. Deus,  o Supremo Criador de todas as coisas, não tem pai e nem mãe, Ele não dependeu e não depende de ninguém para existir. Maria foi mãe da natureza humana de Yahweh, chamada de Jesus. Por conseguinte, o corpo físico de Jesus (a carne, o sangue, etc.), proveio de Maria, enquanto, que a alma (ou espírito) de Jesus proveio exclusivamente do Espírito Santo (Mat 1.18, 20). Somente assim, é que Jesus Cristo poderia ser impecável, pois o seu espírito (ou alma) não foi gerado no modo ordinário, na maneira geral em que é gerado o espírito do homem (como já vimos acima), ainda que fosse um espírito inteiramente humano.

        Então, a impecabilidade de Jesus Cristo é o resultado da operação do Espírito Santo, o qual gerou no ventre de Maria um espírito humano, sem qualquer mancha de pecado. O próprio Jesus desafiou os judeus acerca de sua impecabilidade: «Quem dentre vós me convence de pecado?» (João 8.46).  Por conseguinte, o Espírito Santo gerou no ventre de Maria o seu espírito humano, vindo a chamar de Jesus, o Filho de Deus. Fica explicitamente bem claro, que não houve qualquer fusão de naturezas, em que uma suposta segunda pessoa da Trindade viesse a se unir com a natureza humana de Jesus.
 
        Verdadeiramente, quem se encarnou, como Jesus de Nazaré, não foi um tal de Deus Filho pré-existente (até porque que em nenhum lugar do Novo Testamento, Jesus é chamado de «Deus Filho», tão somente de «Filho de Deus», os quais são termos totalmente opostos), a segunda pessoa da Trindade, como afirma o trinitarianismo, mas sim, Jeová (o Deus Uno), Ele próprio é quem se encarnou. Sim, o próprio Deus Altíssimo, o Espírito Santo, é quem gerou no ventre de Maria o seu espírito humano, tornando-se humano como nós, com exceção de sua impecabilidade.

        A sua sujeição aos limites humanos, o fez que se esvaziasse, «... assumindo a forma de servo, tornando-se em semelhança de homens; e, reconhecido em figura humana...» (Filip 2.7 ss.). É evidente que, muitos daqueles que crêem naquela doutrina pagã, chamada Trindade, tentarão repudiar essa verdade, pois o conceito que aprenderam sobre essa doutrina, parece que se adapta mais facilmente com os seus raciocínios e credos, com àquilo que ensinam as suas denominações, ou talvez por uma pura acomodação mental.

        Constitui-se como o maior mal, quando as pessoas tentam encaixar o Deus Onipotente dentro da lógica humana, e é justamente por essa causa, que inventaram a tal doutrina da Trindade, a qual descreve o Deus Eterno, subsistindo em três pessoas divinas; o Deus Pai, o Deus Filho e o Deus Espírito. É muito desconcertante, quando analisamos as tentativas do homem, tentando explicar a Pessoa e as operações de Jeová Deus, seguindo à maneira humana das razões, querendo explicar Deus com os seus intelectos.

         A doutrina da Trindade é um credo inventado pelos homens, que não encontra respaldo na Bíblia. Só podemos encontrar algum tipo de respaldo bíblico, quando somos desonestos com as interpretações bíblicas, isto é, quando queremos que a Bíblia diga o que ela realmente não diz.
           
         Explicitamente, a encarnação foi uma das mais belas de toda a criação que Jeová fez. Essa nova criação («misteriosa») se resume na revelação, na manifestação, e na identificação do próprio Deus Altíssimo aos homens e com os homens (João 14.9 ss.), o Emanuel, Deus conosco (Isaías 7.14, Mat 1.23).   
 
         Jesus Cristo é a  revelação real, final e mais completa que se tem de Jeová. Ele realmente é o próprio Pai que se revelou aos homens com Filho de Deus, por causa da sua humanidade. E esse mesmo «Filho de Deus» era ao mesmo tempo «Filho do Homem».
 
         No momento, é inútil tentarmos detalhar um conceito completo sobre o Deus Yahweh, mas, futuramente, segundo as revelações do Espírito Santo, teremos alguns detalhes a mais, a esse respeito, embora longe de ser completo, pois, somente poderemos conhecê-lo e descrevê-lo por completo, não neste mundo, mas no mundo espiritual (1 João 3.2).     
 
         Portanto, Jesus Cristo, é o Homem do Céu, porque o seu espírito humano foi gerado diretamente pelo Espírito Santo, sem qualquer intervenção ou participação do homem, nesta geração. O espírito (ou alma) humano de Jesus de Nazaré,  foi uma criação direta do Espírito Santo, «...não temas receber Maria, tua mulher, porque o que nela foi gerado é do Espírito Santo» (Mat 1.20).  O espírito humano de Jesus proveio do Espírito Santo, mas a carne e o sangue, e, todos os elementos que compõe o corpo físico do homem, provieram de Maria; «...nascido de mulher...» (Gál 4.4).

        Resumidamente, a verdadeira encarnação se consiste pelo fato de que o Deus Altíssimo, que é o próprio Espírito Santo, gerou o seu espírito humano no ventre da virgem Maria, tornando-se verdadeiro homem, e, é isto que está implícito em Filipenses 2.6-8. Por isso, Jesus Cristo era Homem e não Deus. É bom não esquecermos, que estamos falando de Jesus Cristo, a partir da sua encarnação até a sua morte, pois a partir de sua ressurreição, o assunto é diferente. A ressurreição trouxe uma mudança significativa a respeito da pessoa de Jesus Cristo. As limitações que Ele outrora tinha aqui na terra, não existem mais, agora Ele passou a ter «..toda a autoridade, no céu e na terra» (Mat 28.18). Tomé reconheceu a Jesus como sendo o seu Deus, «...Senhor meu e Deus meu!» (João 20.28). Em seu ministério público, ninguém dirigiu a Jesus chamando-o de «Deus» e nem de «Deus Filho».
 
         É interessante notarmos que, quem gerou o espírito humano em Maria, chamado Filho de Deus, foi o Espírito Santo (o qual dizem os trinitarianos ser a segunda pessoa da trindade), que é na verdade o «Pai» de Jesus Cristo (ver Mat 1.18,20); mas, por que então, é que a Bíblia diz que o Seu Pai é o Deus Altíssimo, ou seja, Jeová, e, não o Espírito Santo?  Essa aparente contradição de paternidade, categoricamente expressa à existência de um Deus Uno, e, não de um Deus Trino. Ou seja, o mesmo Espírito Santo é chamado de «Pai», por Jesus. Por conseguinte, não há nada de contraditório pelo fato do Espírito Santo gerar Jesus, mas o N.T. dizer que o Pai de Jesus é o Deus Altíssimo (João 17.1), isto porque  falar do Espírito Santo é o mesmo que falar do Deus Yahweh, pois, é falar e expressar uma mesma Pessoa. Deus não é trinitário, o Deus Verdadeiro é Uno.

        Aplicar o trinitarismo ao Deus Verdadeiro é uma das maiores falácias do homem. Isto é uma «humanologia» e não uma teologia, propriamente dita. É uma das ideias mais ridículas do homem, ao tentar descrever e explicar Deus e as suas operações. A Bíblia diz: «Porque os meus pensamentos não são os vossos  pensamentos, nem os vossos caminhos os meus caminhos, diz Jeová, porque, assim como os céus são mais altos do que a terra, assim são os meus caminhos mais altos do que os vossos caminhos, e os meus pensamentos mais altos do que os vossos pensamentos (Is 55.8,9).

        Não podemos definir Deus à maneira humana. Não podemos limitar ou encaixar a existência divina, dentro da moldura de nossos raciocínios, enquadrando-o dentro da lógica humana. O nosso nível de compreensão acerca de Deus é realmente baixíssimo, nossas meras palavras, não podem explicar a substância divina. Como dizem os versículos acima, os caminhos e os pensamentos do Deus Jeová, são realmente elevadíssimos, em relação aos nossos.

         Se quisermos conhecer a Deus Jeová, então, precisamos da sua revelação, da sua Sabedoria e não, da teologia humana, que somente nos afasta da verdade e produz um Deus ao alcance de nossos olhos. A Doutrina da Trindade, não é uma teologia, mas uma humanologia.  Trindade existe sim, mas uma Trindade Satânica, onde os seus componentes são: Satanás, o Anticristo e o Falso profeta (Apoc 12 -13).
      
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