quinta-feira, 12 de setembro de 2013

Uma Breve História da Igreja Cristã!

Diferença entre Igrejas Pentecostal, Neopentecostal, Carismático e Restauracionismo.
         

          Cristianismo é de origem latina – a raiz radical prefixa cristiano, que significa, em espanhol e italiano, cristão ou relativo ao Cristo e a raiz sufixa-ismo significa de origem grega: sufixo de origem grega que exprime a ideia de fenômeno linguístico, sistema político, religião, doença, esporte, ideologia, etc.

          É uma religião monoteísta, centrada na vida e nos ensinamentos de Jesus de Nazaré, tais como são apresentados no Novo Testamento. A fé cristã acredita essencialmente em Jesus como o Cristo, Filho de Deus, Salvador e Senhor.
 

PRIMEIRO UM RESUMO EM ANÁLISE COMPARATIVA DAS IGREJAS EVANGÉLICAS

          Basicamente são três as ramificações que se apresenta no meio Protestante: tradicional, pentecostal e neopentecostal.

Tradicionais:

Compreende principalmente as chamadas igrejas históricas que tiveram origem no início da Reforma Protestante ou bem próximo dela. São elas:

· Luterana: fundada por Martinho Lutero (Século XVI)

· Presbiteriana: Fundada por João Calvino (Século XVI)

· Anglicana: Fundada pelo rei da Inglaterra Henrique VIII (Século XVI)

· Batista: Fundada por John Smith (Século XVII)

· Metodista: Fundada por John Wesley (Século XVIII)


Pentecostais:

          Compreende as igrejas que tiveram inicio no reavivamento nos Estados Unidos entre 1906-1910. As experiências do "batismo no Espírito Santo" levaram os membros que experimentaram essa experiência a serem excluídos de suas antigas igrejas, formando assim outras comunidades que levaram o nome de Assembléias de Deus (não confundir com a denominação brasileira que leva o mesmo nome, enquanto que aquela é um movimento que reuniu várias igrejas que aceitavam a experiência dos dons espirituais no batismo com o Espírito Santo, esta ultima foi uma denominação fundada em terra brasileira), congregações etc...

As principais igrejas pentecostais no Brasil são:

Assembléia de Deus; Congregação Cristã no Brasil; Igreja do Evangelho quadrangular; O Brasil para Cristo; Deus é Amor.

· Assembléia de Deus: Fundada pelos missionários suecos Daniel Berg e Gunnar Vingren (1911) é a principal expoente do pentecostalismo no Brasil.

· Congregação Cristã no Brasil: Fundada por Louis Francescon (1910)

· Igreja do Evangelho Quadrangular: Fundada por Aimée Semple McPhersom (1950)

· O Brasil para Cristo: Fundada por Manoel de Melo (1955)

· Deus é Amor: Fundada por Davi M. Miranda (1962)


Neopentecostais:

          Os neopentecostais são igrejas oriundas do pentecostalismo original ou mesmo das igrejas tradicionais. Surgiram 60 anos após o movimento pentecostal. Nos Estados Unidos, são chamados de carismáticos sendo que aqui no Brasil essa nomenclatura é reservada exclusivamente para um grupo dentro da igreja Católica que se assemelha aos pentecostais.

No Brasil as principais igrejas que representam os neopentecostais são:
Igreja Universal do Reino de Deus, Igreja da Graça, Sara Nossa Terra, Renascer em Cristo.

· Universal do Reino de Deus: Fundada por Edir Macedo (1977)

· Igreja Internacional da Graça de Deus: Fundada por Romildo R. Soares
(1980)

· Sara Nossa Terra: Fundada por Robson Rodovalho (1980)

· Renascer em Cristo: Fundada por Estevan Hernandez (1986)


Diferenças entre os grupos:

TRADICIONAIS X PENTECOSTAIS

          Os evangélicos tradicionais diferem dos pentecostais apenas em relação a experiência do chamado "Batismo no Espírito Santo". Não aceitam o "Falar em outras línguas" (glossolalia) e dão forte ênfase no ensino teológico e no trabalho social, não se preocupam com usos e costumes como vestimentas e adornos.


PENTECOSTAIS X NEOPENTECOSTAIS

          Os carismáticos formaram uma outra igreja coexistindo juntamente com os pentecostais mas sem se identificar com elas. Dão bastante ênfase ao louvor e são mais flexíveis teologicamente não permanecendo estáticos na doutrina como são os pentecostais. Distingue-se também quanto aos usos e costumes. É o grupo que mais cresce atualmente no Brasil devido a um maciço investimento na mídia, como é o caso das igrejas Universal e da Graça.

ANÁLISE MAIS COMPLETA DAS IGREJAS

Qual é a diferença entre crente, cristão, evangélico, protestante?
Crente – de acordo com o dicionário Aulete, é aquele que acredita ou crê em algo. Quem manifesta crença religiosa. Também segue uma religião protestante.
 

Cristão – quem que prega ou segue o cristianismo, isto é, segue o Cristo.
 
Evangélico – de acordo com o dicionário Houaiss, é uma palavra coloquial, ou relativa, se referindo às diversas Igrejas e correntes protestantes. Por exemplo: adventistas, assembleianos, batistas, calvinistas, congregacionais, luteranos, maranatanos, metodistas, presbiterianos e até as Igrejas pentecostais e neopentecostais.
 
Protestante  de acordo com o dicionário Aulete, é uma denominação comum a várias religiões cristãs originadas a partir da ruptura com a Igreja Católica, liderada por Martinho Lutero.


Qual é a diferença entre todas essas Igrejas Católica, ortodoxas, protestantes (históricas, pentecostais, neopentecostais), restauracionistas (Adventista do Sétimo Dia, mórmon e Testemunhas de Jeová), primitiva, esotérica e espírita?
 
          Exceto as igrejas católicas, ortodoxas, restauracionistas, primitivas, esotéricas e espíritas, todas as igrejas protestantes históricas e pentecostais são denominações verdadeiramente cristãs, mas de tipos diferentes e doutrinas diferentes. Vamos estudar em seguida:

Pré-reforma:

Lollardismo: O Lollardismo foi um movimento político e religioso dos finais do século XIV e inícios do século XV em Inglaterra. As suas exigências eram primeiramente a reforma da Igreja Católica. Entre as suas principais doutrinas estavam que a devoção era um requerimento para que um padre fosse um "verdadeiro" padre ou que levasse a cabo os sacramentos, e que o leigo devoto tinha o poder de executar os mesmos ritos, acreditando que o poder religioso e a autoridade resultam da devoção e não da hierarquia da Igreja. Ensinava o conceito da "Igreja dos salvados", significando que entre a verdadeira Igreja de Cristo era a comunidade dos fieis, que tinha muito em comum, mas não era o mesmo que a Igreja oficial de Roma. Ensinou uma determinada forma de predestinação. Advogava a pobreza apostólica e a taxação das propriedades da Igreja. Negava a transubstaciação em favor da consubstanciação.

Valdenses: Os valdenses são uma denominação cristã que teve sua origem entre os seguidores de Pedro Valdo, morto em 1217. Ele era um comerciante de Lyon; criou sua religião por volta de 1174. Ele decidiu encomendar uma tradução da Bíblia para a linguagem popular e começou a pregá-la ao povo sem ser sacerdote. Ao mesmo tempo, renunciou a sua atividade e aos bens, que repartiu entre os pobres. Desde o início, os valdenses afirmavam o direito de cada fiel de ter a Bíblia em sua própria língua, sendo esta Bíblia a fonte de toda autoridade eclesiástica. Os valdenses reuniam-se em casas de família ou mesmo em grutas, clandestinamente, devido à perseguição da Igreja Católica. Celebravam a Santa Ceia uma vez por ano. São considerados como uma igreja pré-reformada. Negavam a supremacia de Roma, rejeitavam o culto às imagens como idolatria. Foram duramente perseguidos na França e na Itália, instalando-se com maior concentração nos vales alpinos de Piemonte, norte da Itália.

Reforma e pós-reforma: No cristianismo existem numerosas tradições e denominações, que refletem diferenças doutrinais por vezes relacionadas com a cultura e os diferentes contextos locais em que estas se desenvolveram. Segundo a edição de 2001 da World Christian Encyclopaedia existem 33 830 denominações cristãs. Desde a Reforma o cristianismo é dividido em três grandes ramos:

Catolicismo: composto pela Igreja Católica Apostólica e que hoje congrega o maior número de fiéis (prestem atenção, verdadeiros cristãos, catolicismo é uma seita pseudocristã);
 
Ortodoxia: originária do grande Cisma do Oriente (século XI) e é constituída por duas grandes Igrejas ortodoxas - a grega e a russa - que apresentam algumas diferenças entre si, nomeadamente a língua usada na liturgia;

Protestantismo: originária da segunda grande cisma cristã (Reforma Protestante) de Martinho Lutero, no século XVI, e engloba grande número de movimentos e denominações distintas. Atualmente a Igreja Protestante (também chamada Igreja Evangélica) pode ser dividida em três vertentes:

1) Denominações históricas: resultado direto da reforma protestante. Destacam-se nesta vertente os luteranos, anglicanos, presbiterianos, metodistas e batistas, veja os exemplos seguintes:
 
a) Luteranos: O luteranismo é uma denominação cristã ligada diretamente a Martinho Lutero, pioneiro da Reforma da Igreja na Alemanha, a partir de 1517. A 10 de novembro de 1483, na cidade de Eisleben, na Alemanha, nasceu Martinho Lutero, um jovem que, contrariando a vontade dos pais, decidiu tornar-se monge. No mosteiro, Lutero vivia em angústias e desespero por dúvidas que tinha sobre seus méritos espirituais. Quanto mais se penitenciava, tanto mais cresciam suas dúvidas e incertezas. Não possuía, por isso, paz de alma e via Deus como um severo juiz pronto a castigar os pecadores.
          Lutero tornou-se Doutor em Teologia e passou a lecionar na Universidade de Wittenberg. Sendo um dos privilegiados a ter acesso a uma Bíblia, Lutero desenvolveu nova visão teológica lendo as palavras de Romanos 1.17: "O justo viverá por fé". Segundo sua interpretação, dizia que o perdão e a vida eterna não são conquistados por nós mediante boas obras, mas nos são dados gratuitamente por meio da fé em Jesus Cristo, O Filho de Deus, que morreu e ressuscitou para perdão de toda a humanidade.

          Em 1517, na Alemanha, o professor e monge Martinho Lutero fixou à porta da Catedral de Wittenberg 95 teses criticando a atuação do Papa e do alto clero. Elas se propagaram rapidamente, mesmo com a intervenção da Igreja. Lutero foi apoiado por parte da população e pela nobreza que, desejosa de conquistar novas terras sob domínio de Roma (na região da atual Alemanha), o protegeram da perseguição do papa, poupando-o da fogueira, mas não da excomunhão. Lutero, então, passou a participar de vários debates teológicos com autoridades civis e eclesiásticas que tentavam fazê-lo abrir mão de suas idéias e retratar-se de críticas à Igreja e ao Papa.
          Em 1520, Lutero foi excomungado pelo Papa e, no mesmo ano, queimou a Bula de Excomunhão em praça pública, rompendo assim com a Igreja Católica da época. Em 1530, surgiu a Confissão de Ausburgo que foi escrita por Lutero e Melanchthon, um fiel companheiro seu. Este documento trazia um resumo dos ensinos luteranos. Uma das principais preocupações de Martinho Lutero era que todas as pessoas pudessem ler o livro no qual os ensinamentos católicos estariam escritos e assim poderem tirar suas próprias conclusões.
           Por isto Martinho Lutero traduziu a Bíblia para o Alemão para que todos pudessem lê-la em sua própria língua. Alguns anos mais tarde, a bíblia foi traduzida para o Inglês, Francês e Espanhol as pessoas passaram a ler a Bíblia e terem suas próprias conclusões. Aos poucos a Igreja Católica foi perdendo poder e influência. Depois de Lutero a Igreja Católica nunca mais conseguiu exercer o forte domínio sobre a Europa como tinha antes da Reforma Protestante. Pouco a pouco, o ideal de reforma da Igreja Católica que Lutero possuía foi sendo sufocado e o Reformador viu-se obrigado, juntamente com seus seguidores, a formar um grupo separado de cristãos que queriam permanecer fiéis às suas idéias. Surgia assim a Igreja Luterana.

b) Calvinistas: O calvinismo é tanto um movimento religioso protestante quanto uma ideologia sócio-cultural com raízes na Reforma iniciada por João Calvino em Genebra no século XVI. João Calvino exerceu uma influência internacional no desenvolvimento da doutrina da Reforma Protestante, à qual se dedicou com a idade de 30 anos, quando começou a escrever os "Institutos da religião Cristã" em 1534 (publicado em 1536). Esta obra, que foi revista várias vezes ao longo da sua vida, em conjunto com a sua obra pastoral e uma coleção massiva de comentários sobre a Bíblia, são a fonte da influência permanente da vida de João Calvino no protestantismo.
          Calvino apoiou-se a frase de Paulo: "pela fé sereis salvos", esta frase de epístola de Paulo aos Romanos foi interpretada por Martinho Lutero ou simplesmente Lutero como pela fé sereis salvos. As duas frases, possuem a mesma coisa, ou seja, não muda o sentido. Para Bernardye Cotitretw, biógrafo de Calvino, "o calvinismo é o legado de Calvino e torna-se uma forma de disciplina, de ascese, que não raramente é levada ao extremo da teimosia".
          O calvinista é pois no extremo um profundo conhecedor da Bíblia, que pondera todas as suas ações pela sua relação individual com a moral cristã. O calvinismo é também o resultado de uma evolução independente das idéias protestantes no espaço europeu de língua francesa, surgindo sob a influência do exemplo que na Alemanha a figura de Martinho Lutero tinha exercido. A expressão "calvinismo" foi aparentemente usada pela primeira vez em 1552, numa carta do pastor luterano Joachim Westphal, de Hamburgo.
          O calvinismo marca a segunda fase da Reforma Protestante, quando as igrejas protestantes começaram a se formar, na sequência da excomunhão de Martinho Lutero da Igreja Católica romana. Neste sentido, o calvinismo foi originalmente um movimento luterano. O próprio Calvino assinou a confissão luterana de Augsburg de 1540. Por outro lado, a influência de Calvino começou a fazer sentir-se na reforma Suíça, que não foi Luterana, tendo seguido a orientação conferida por Ulrico Zuínglio. Tornou-se evidente que a doutrina das igrejas reformadas tomava uma direção independente da de Lutero, graças à influência de numerosos escritores e reformadores, entre os quais João Calvino era o mais eminente, tendo por isso esta doutrina tomado o nome de calvinismo.
          Uma vez que tem múltiplos fundadores, o nome "calvinismo" induz ligeiramente ao equívoco, ao pressupor que todas as doutrinas das igrejas calvinistas se revejam nos escritos de João Calvino. O nome aplica-se geralmente às doutrinas protestantes, que não são luteranas, e que têm uma base comum nos conceitos calvinistas, sendo normalmente ligadas a igrejas nacionais de países protestantes, conhecidas como igrejas reformadas, ou a movimentos minoritários de reforma protestante.
          Nos Países Baixos, os calvinistas estabeleceram a Igreja Reformada Neerlandesa. Na Escócia, através da zelosa liderança do ex-sacerdote católico John Knox, a Igreja Presbiteriana da Escócia foi estabelecida segundo os princípios calvinistas. Na Inglaterra, o calvinismo também desempenhou um papel na Reforma, e, de lá, seguiu com os puritanos para a América do Norte. Na França, os calvinistas, chamados de Huguenotes, foram perseguidos, combatidos e muitas vezes obrigados ao exílio. Em Portugal, na Espanha ou na Itália, estas doutrinas tiveram pouca divulgação e foram ativamente combatidas pelas forças da Contrarreforma, com a ação dos jesuítas e da Inquisição.
          O sistema teológico e as práticas da igreja, da família ou na vida política, todas elas algo ambiguamente chamadas de "calvinismo", são o resultado de uma consciência religiosa fundamental centrada na "soberania de Deus". O calvinismo pressupõe que o poder de Deus tem um alcance total de atividade e resulta da convicção de que Deus trabalha em todos os domínios da existência, incluindo o espiritual, físico, intelectual, quer seja secular ou sagrado, público ou privado, no céu ou na terra.
           De acordo com este ponto de vista, qualquer ocorrência é o resultado do plano de Deus, que é o criador, preservador, e governador de todas as coisas, sem exceção, e que é a causa última de tudo. As atividades seculares não são colocadas abaixo da prática religiosa. Pelo contrário, Deus está tão presente no trabalho de cavar a terra como na prática de ir ao culto. Para o cristão calvinista, toda a sua vida é um culto a Deus. (...) O calvinismo também defende uma Teologia Aliancista e os Sacramentos como meio de graça, Santa Ceia e Batismo, incluindo o Batismo infantil. Calvino na sua principal obra, as Institutas diz: "Eis aqui por que Satanás se esforça tanto em privar nossas criaturas dos benefícios do batismo; Sua finalidade é que se esquecermos de testificar que o Senhor tem ordenado para confirmar as graças que ele quer nos conceder pouco a pouco vamos nos esquecendo das promessas que nos fez a respeito disto.
          De onde não só nasceria uma ímpia ingratidão para com a misericórdia de Deus, mas também a negligência de ensinarmos nossos filhos no temor do Senhor, e na disciplina da Lei e no conhecimento do Evangelho. Porque não é pequeno estimulo sabermos que educá-los na verdadeira piedade e obediência a Deus. E saber que desde seu nascimento foram recebidos no Senhor e em seu povo, fazendo-os membros de sua igreja." (CALVINO, 1999, p. 1069.) O calvinismo deveria ser austero e disciplinado, ou seja: As pessoas não tinham direito a excessos de luxo, e conforto, sem esbanjamento matriana.

c) Presbiterianos: O nome destas denominações deriva da palavra grega presbyteros, que significa literalmente "ancião". O governo presbiteriano é comum nas igrejas protestantes que foram modeladas segundo a Reforma Protestante na Suíça. Na Inglaterra, Escócia e Irlanda, as igrejas reformadas que adotaram uma forma de governo presbiteriano em vez de episcopal ficaram conhecidas como a Igreja Presbiteriana. Na Escócia, John Knox (1505-1572), que tinha estudado com João Calvino em Genebra, levou o Parlamento da Escócia a abraçar a Reforma Protestante em 1560.          
          A primeira Igreja Presbiteriana, a Church of Scotland (ou Kirk), foi fundada como resultado disso. Na Inglaterra, o presbiterianismo foi estabelecido secretamente em 1572, nos finais do reinado da rainha Elizabeth I de Inglaterra. Em 1647, por efeito de uma lei do Longo Parlamento sob o controle dos puritanos, o presbiterianismo foi estabelecido para a Igreja Anglicana (Church of England). O restabelecimento da monarquia em 1660 trouxe também o restabelecimento da forma de governo episcopal na Inglaterra (e, por um período curto, na Escócia); mas a Igreja Presbiteriana continuou a ser considerada não-conforme, fora da igreja estabelecida.
           Na Irlanda, o presbiterianismo foi estabelecido por imigrantes escoceses e missionários ao Ulster. O presbítero de Ulster foi formado separadamente da igreja estabelecida, em 1642. Todos os três, ramos muito diversos do presbiterianismo, bem como igrejas independentes e algumas denominações Holandesas, Alemãs e Francesas, foram combinadas nos EUA para formar aquilo que se tornou conhecido como a Presbyterian Church USA (1705).
          A igreja presbiteriana na Inglaterra e País de Gales é a United Reformed Church, enquanto que esta tradição também influenciou a Igreja Metodista, fundada em 1736. O presbiterianismo faz parte da família das igrejas reformadas dentro das denominações do Protestantismo Cristão e é baseado nos ensinamentos de João Calvino, tais como eles foram institucionalizados na Escócia por John Knox.          
           Há muitas entidades autônomas em países por todo o mundo que subscrevem igualmente o presbiterianismo. Para além de distinções traçadas entre fronteiras nacionais, os presbiterianos também se dividiram por razões doutrinais, em especial no seguimento do Iluminismo. Apesar de a Igreja Presbiteriana ser oriunda da Reforma Protestante do século XVI, ela mantém o caráter católico da Igreja (traduzida literalmente e especificamente só como "Igreja Universal"), como declarado no Credo Niceno-Constantinopolitano, ainda que não submissa à autoridade do Bispo de Roma.
          É uma denominação cristã comprometida com valores éticos e morais. Os presbiterianos destacam-se pelo incentivo à educação, entre as inúmeras instituições presbiterianas espalhadas pelo mundo destacam-se a Yale University e o Instituto Mackenzie. Sua atuação no contexto social brasileiro, por exemplo, é marcante, através de instituições de ensino desde o infantil até o superior, que têm alcançado excelência e reconhecimento internacional, como por exemplo, Universidade Presbiteriana Mackenzie, Instituto Presbiteriano Gammon, entre outras.

d) Batistas e Congregacionistas: Também tiveram origem nos reformadores mais radicais, na Inglaterra, que rejeitaram o protestantismo oficial da Igreja Anglicana. Advogam a separação da Igreja e do Estado. Rejeita o episcopalismo, adotando o governo da congregação (membros), tanto os batistas fundamentalistas, como os congregacionais ou congregacionalistas. Os congregacionais são mais numerosos também na Inglaterra e Estados Unidos, sendo bem menos numerosos no Brasil, com a União das Igrejas Evangélicas Congregacionais do Brasil, tradicional, a mais importante.
          O regime de governo eclesiástico conhecido como Congregacional é um sistema onde cada congregação local é autônoma e independente. A igreja local possui autonomia para sua própria reflexão teológica, expansão missionária, relação com outras congregações e seleção de seu ministério. O Congregacionalismo está baseado nos seguintes princípios:
 
* Cada congregação de fiéis, unida pela adoração, observação dos sacramentos e disciplina cristã, é uma Igreja completa, não subordinada em sua administração a qualquer outra autoridade eclesiástica senão a de sua própria assembléia, que é a autoridade decisória final do governo de cada igreja local.
 
* Não existe nenhuma outra organização ou entidade maior ou mais extensa do que uma Igreja local a quem pode ser dada prerrogativas eclesiásticas ou ser chamada de Igreja.
 
* As igrejas locais estão em comunhão umas com as outras, são interdependentes e estão intercomprometidas no cumprimento de todos os deveres resultantes dessa comunhão. Por isso, se organizam em Concílios, Sínodos ou Associações. Entretanto, essas organizações não são Igrejas, mas são formadas por elas e estão a serviço delas.
 
           O Congregacionalismo é o regime de governo mais comum em denominações como Anabatistas, Igreja Batista, Discípulos de Cristo, Igreja de Cristo no Brasil e obviamente a própria denominação que deu nome ao termo: a Igreja Congregacional.

e) Anglicanos: A Igreja Anglicana (também denominada Igreja da Inglaterra, em inglês Church of England) é a Igreja cristã estabelecida oficialmente na Inglaterra e é o tronco principal da Comunhão Anglicana Mundial, bem como um membro fundador da Comunhão de Porvoo. Fora da Inglaterra, a Igreja Anglicana é denominada Igreja Episcopal, principalmente nos Estados Unidos e na Austrália.          
          Em 1534, a Igreja da Inglaterra (Anglicana) se separou em definitivo da Igreja Católica Romana, por iniciativa do rei Henrique VIII, valendo-se da questão com o Papa Clemente VII, relacionada com o pedido de anulação de seu casamento com Catarina de Aragão. Esta separação, não obstante tenha acontecido por interesses pessoais e políticos, era um velho sonho da Igreja da Inglaterra, que nunca tinha aceitado plenamente a dominação Romana. Não se pode, portanto, atribuir a Henrique VIII o título de fundador da Igreja Anglicana. Este processo de separação, em meio à Reforma Protestante, não marcava o surgimento de uma nova Igreja, mas sim a alforria definitiva de uma Igreja Cristã que se desenvolvia desde o século III de nossa era. (Ainda não se sabe que essa igreja seja uma seita)

f) Anabatistas: ("re-batizadores", do grego "ana" e "baptizo"; em alemão: Wiedertäufer) são cristãos da chamada “ala radical” da Reforma Protestante. São assim chamados porque os convertidos eram batizados em idade adulta, desconsiderando o até então batismo obrigatório da igreja romana. Assim, re-batizavam todos os que já tivessem sido batizados em criança, crendo que o verdadeiro batismo só tem valor quando as pessoas se convertem conscientemente a Cristo.
          Os primeiros anabatistas que surgiram na Historia do Cristianismo foram assim denominados pelo Papa Estêvão I que descobriu que cerca de 80 bispos haviam realizado o 2º Concílio de Cártago, em 225 depois de Cristo, para legalizarem o re-batismo dos fiéis vindos de outras Igrejas que adotavam o "batismo regenerador". Esses bispos discordavam que as "águas batismais" eram as águas mencionadas no Evangelho de João Capítulo 3 e que a graça de Deus independia do Batismo.
          Nos sínodos da Frígia, em 225 depois de Cristo, esses bispos excomungaram a Igreja Romana. O Papa Estevão I tomou conhecimento e invalidou esses sínodos e excomungou todos os bispos no 2º Concílio de Roma que participaram, declarando que o re-batismo (anabatismo em grego) era uma heresia. Em primeira instância, os grupos que realizavam o re-batismo eram os adeptos do Montanismo e Novacianismo até o século IV, os seguidores do Donatismo até o século X na África, os paulícianos condenados pelo código justiniano pelo anabatismo em 525 depois de Cristo, expandindo a prática até meados da reforma, os Bogomilos nos Bálcãs e Bulgária do século IX até meados da reforma.
          A Reforma Protestante do século XVI reacendeu os princípios bíblicos da justificação pela fé e do sacerdócio universal foram novamente colocados em foco. Contudo, enquanto Lutero, Calvino e Zuínglio mantiveram o batismo infantil e a vinculação da igreja ao Estado, os anabatistas liderados por Georg Blaurock, Conrad Grebel e Félix Manz ansiavam por uma reforma mais profunda. Os anabatistas fundaram então sua primeira igreja no dia 21 de janeiro de 1525, próxima a Zurique, na Suíça, de acordo com a doutrina e conduta cristãs pregadas no Novo Testamento e testemunharam alegremente de sua nova vida em Cristo.
          É difícil sistematizar as crenças anabatistas daquela época, porque qualquer grupo que não era católico ou protestante e que batizava adultos, como os unitários socinianos ou semignósticos como Thomas Muentzer eram rotulados como anabatistas. Esses grupos, junto com os anabatistas constituem a Reforma Radical. Em "In nomine Dei", José Saramago retrata um conhecido episódio na história do movimento anabatista que teve lugar na cidade de Münster (no norte da Alemanha), onde entre 1532 e 1535 foi estabelecida uma teocracia nas linhas das orientações desta denominação.      
          Depois de serem massacrados na Guerra dos Camponeses, os anabatistas sobreviveram na sua forma pacifista, como a Igreja Mennonita. Originalmente concentrados no vale do rio Reno, desde a Suíça até a Holanda, os anabatistas conquistaram adeptos de cultura germânica. Perseguidos pelo Estado e guerras, tiveram imigração em massa para a Rússia e América do Norte. No final do século XIX e começo do XX surgiram colônias na América do Sul (Paraguai, Argentina, Brasil, Bolívia), onde mantém suas culturas e fé.
          Muitos anabatistas conservadores vivem em comunidades rurais isoladas e desconfiam do uso de tecnologia. As principais denominações hoje anabatistas são: os mennonitas; Amish, famosos pelo estilo de vida conservador; hutteritas, que defendem um comunualismo, rejeitando propriedade individual. Os anabatistas influenciaram ainda outras denominações religiosas, como os quakers; batistas; dunkers e outras denominações protestantes que afirmam a necessidade de uma adesão voluntária à Igreja. (Ainda não se sabe se é uma seita)

g) Batistas: A igreja batista é uma denominação cristã caracterizada pela rejeição ao batismo infantil, optando em seu lugar pelo batismo de fé, geralmente através da imersão. O nome é derivado de uma comissão para que os seguidores de Jesus Cristo fossem batizados, os batistas interpretam o batismo - imergir em água - como uma exposição pública de sua fé. Enquanto o termo "batista" tem suas origens com os anabatistas, e às vezes foi visto como pejorativo, a denominação historicamente é ligada aos dissidentes ingleses, ou movimentos de anticonformismo do século XVI.
            O movimento batista surgiu na Inglaterra, num tempo de reforma religiosa intensa. Os batistas tipicamente são considerados protestantes. Alguns batistas rejeitam essa associação. A maioria das igrejas batistas escolhem associar-se com grupos que fornecem apoio sem controle. A maior associação batista é a Convenção Batista do Sul dos Estados Unidos, mas, há muitas outras associações de batistas no mundo. No Brasil, as maiores são a Convenção Batista Brasileira e a Convenção Batista Nacional.
          As Igrejas Batistas formam uma família denominacional protestante de origem inglesa. Estão presentes em quase todos os países do globo. No ano de 2007 existiam 37 milhões de membros e 170 mil igrejas espalhados pelo mundo, sendo que 21 milhões apenas nos Estados Unidos e Canadá, e cerca de 2 milhões no Brasil. A história academicamente aceita sobre a origem das Igrejas Batistas é a sua incepção como um grupo de dissidentes ingleses no século XVII. A primeira igreja batista nasceu quando um grupo de refugiados ingleses que foram para a Holanda em busca da liberdade religiosa em 1608, liderados por John Smyth, um clérigo e Thomas Helwys, um advogado, organizaram em Amsterdã, em 1609 uma igreja de doutrinas batistas. John Smyth discordava da política e de alguns pontos da doutrina da Igreja Anglicana da qual ele era pastor após uma aproximação com os menonitas e, examinando a Bíblia, creu na necessidade de batizar-se com consciência e em seguida batizou os demais fundadores da igreja, constituindo-se assim a primeira igreja batista organizada.
          Até então, o batismo não era por imersão, só os batistas particulares por volta de 1642 adotaram oficialmente essa prática tornando-se comum depois a todos os batistas. A primeira confissão dos particulares, a Confissão de Londres de 1644, também foi a primeira a defender o imersionismo no batismo. Depois da morte de John Smyth e da decisão de Thomas Helwys e seus seguidores de regressarem para a Inglaterra, a igreja organizada na Holanda desfez-se e parte dos seus membros uniram-se aos menonitas.
          Thomas Helwys organizou a Igreja Batista em Spitalfields, nos arredores de Londres, em 1612. A perseguição aos batistas e a outros dissidentes ingleses, fez com que muitos emigrassem. O mais famoso foi John Bunyan, que escreveu sua obra-prima O Peregrino enquanto estava preso. Nos Estados Unidos, a primeira igreja batista nasceu através de Roger Williams, que organizou a Primeira Igreja Batista de Providence em 1639, na colônia que ele fundou com o nome de Rhode Island, e John Clark que organizou a Igreja Batista de Newport, também em Rhode Island em 1648. Em terras americanas os batistas cresceram principalmente no sul, onde hoje sua principal denominação, a Convenção Batista do Sul, conta com quase 15 milhões de membros, sendo a maior igreja evangélica dos Estados Unidos.
          Existem ainda outras teorias sobre a origem dos batistas, mas que são rejeitadas pela historiografia oficial. São elas a teoria de Sucessão Apostólica, ou JJJ (João - Jordão - Jerusalém) e a teoria anabatista. Ambas são rejeitadas pelos historiadores batistas Henry C. Vedder e Robert G. Torbet. A teoria de sucessão apostólica postula que os batistas atuais descendem de João Batista e que a igreja continuou através de uma sucessão de igrejas (ou grupos) que batizavam apenas adultos, como os montanistas, novacianos, donatistas, paulícianos, bogomilos, albigenses e cátaros, valdenses e anabatistas.
          Os batistas landmarkistas utilizam este ponto de vista para se autoproclamar única igreja verdadeira. Essa teoria apresenta alguns problemas, como o fato que grupos como bogomilos e cátaros seguiam doutrinas gnósticas e o gnosticismo é contrário às doutrinas batistas de hoje. Também, alguns desses grupos que sobrevivem até o presente, igrejas como a dos valdenses (que desde a Reforma é uma denominação Calvinista) ou dos paulicianos, não se identificam com os batistas.
          A teoria anabatista é aquela que afirma que os batistas descendem dos anabatistas, que pregaram sua mensagem no período da Reforma Protestante. O evento mais citado para apoiar essa teoria foi o contato que John Smyth e Thomas Helwys com os menonitas na Holanda. Todavia, além de em 1624 as cinco igrejas batistas existentes em Londres terem publicado um anátema contra as doutrinas anabatistas, também os anabatistas modernos rejeitam ser denominados batistas e há pouca relação entre os dois grupos.
 
Ambos os grupos possuem algumas similaridades:
* Crença no Batismo adulto e voluntário;

* Visão do Batismo e da Santa Ceia como ordenanças;
* Separação da Igreja e Estado.

Existem algumas diferenças entre os batistas e os anabatistas modernos (por exemplo, os menonitas):

1) Os anabatistas normalmente praticam o Batismo adulto por aspersão e não por imersão como os batistas;
2) Os anabatistas são pacifistas extremos e recusam a jurar;
3) Os anabatistas creem em uma doutrina seminestoriana sobre a Natureza de Cristo, que não recebeu nenhuma parte humana de Maria;
4) Os anabatistas enfatizam a vida comunal enquanto os batistas a liberdade individual;
5) Os anabatistas recusam a participar do Estado, enquanto os batistas podem ser funcionários públicos, prestar serviço militar, possuir cargos políticos;
6) Os anabatistas creem em um estado de sono da alma entre a morte e a ressurreição.


h) Metodistas: O metodismo foi um movimento de avivamento espiritual cristão ocorrido na Inglaterra do século XVIII que enfatizou a relação íntima do indivíduo com Deus, iniciando-se com uma conversão pessoal e seguindo uma vida de ética e moral cristã. O metodismo foi liderado por John Wesley, eclesiástico da Igreja Anglicana, e seu irmão Carlos Wesley, considerado um dos maiores expoentes da música sacra protestante. O metodismo teve seu início nos meados do século XVIII na Inglaterra.
          Era uma época em que a sociedade inglesa passava por rápidas transformações. Milhares de pessoas saíam da zona rural, que era controlada por grandes proprietários, para procurar trabalho nas novas indústrias das cidades. Nesse tempo o povo vivia na miséria trabalhando longas horas e só ganhando o mínimo necessário para sua sobrevivência. As pessoas moravam em cortiços, sem as mínimas condições e não tinham acesso a médicos quando ficavam doentes. As crianças não iam à escola porque em geral trabalhavam para ajudar seus pais.
          Havia grande número de alcoólatras. O povo estava frustrado e desiludido. Em 1730 João e Carlos Wesley, William Morgan e Bob Kirkham começaram a reunir-se em Oxford para estudar juntos, organizando uma pequena sociedade, o chamado Clube Santo. Esforçavam-se por levar uma vida devocional disciplinada e regularmente se dedicavam a ensinar os órfãos, visitar os presos, cuidar dos pobres e idosos. Ali, foram eles, pela primeira vez, chamados "metodistas". Esse nome foi decorrente do rigor com que desenvolviam suas práticas de vida e de cristianismo, com muita disciplina e método.
          Na realidade, João Wesley não se propôs a fundar uma nova Igreja ou denominação, mas grupos de renovação na Igreja da Inglaterra. As circunstâncias históricas, como a independência dos Estados Unidos, obrigou o Metodismo a constituir-se finalmente em uma denominação ou Igreja, tal fato sucedendo contra os desejos e propósitos originais do reavivalista. Wesley sempre considerou a si mesmo como um ministro da Igreja da Inglaterra (Igreja Anglicana).
          Não queria separar-se dela; queria, sim, reformá-la por dentro. Por isso o nome que deu aos primeiros grupos metodistas foi o de sociedades. Não de Igrejas ou igrejas. Era a idéia de classes ou bands (guarda similaridade com as células) que, por seu intenso fervor e sua atividade renovadora, fossem dentro do corpo da Igreja um novo e poderoso elemento de vida. O avivamento espiritual promovido por João Wesley e seus cooperadores visava a santidade de vida, a harmonização da vontade do homem com a vontade de Deus.


 
2) Denominações pentecostais: 




          Originárias em movimento do início do século XX é baseando na crença na presença do Espírito Santo na vida do crente através de sinais, denominados por estes como dons do Espírito Santo, tais como falar em línguas estranhas (glossolalia), curas, milagres, visões etc. Destacam-se nesta vertente Assembleia de Deus, Igreja Presbiteriana Renovada, O Brasil para Cristo, Congregação Cristã, Igreja Cristã Maranata e a Igreja do Evangelho Quadrangular. Embora batistas sejam históricos, também existem batistas que são considerados mais pentecostais.
 
           Para alguns o pentecostalismo moderno teve início em 1901, no Colégio Bíblico Betel, em Topeka, no Estado do Kansas, quando a fiel Agnes Ozman recebeu o carisma das línguas pela imposição de mãos do Pastor Charles Fox Parham. A dúvida inicialmente pairava se aquelas línguas eram línguas existentes (xenoglossia) ou desconhecidas (glossolalia). Todavia, tradicionalmente, reconhece-se o início do movimento pentecostal no ano de 1906, em Los Angeles, nos Estados Unidos, na Rua Azusa, onde houve um grande avivamento caracterizado principalmente pelo "batismo com o Espírito Santo", evidenciado pelos dons do Espírito (glossolalia, curas milagrosas, profecias, interpretação de línguas e discernimento de espíritos, dentre outros).




          No entanto, o batismo com dons do Espírito Santo não era totalmente novo no cenário protestante. Existem inúmeros relatos de pessoas que clamam ter manifestado dons do Espírito em muitos lugares, desde Martinho Lutero (apesar de controversos quanto a veracidade) no século XVI até de alguns protestantes da Rússia, no século XIX. Devido à projeção que ganhou na mídia, o avivamento na Rua Azusa rapidamente cresceu e, subitamente, pessoas de todos os lugares do mundo estavam indo conhecer o movimento.



          No começo, as reuniões na Rua Azusa aconteciam informalmente, eram apenas alguns fiéis que se reuniam em um velho galpão para orar e compartilhar suas experiências, liderados por William Seymour (1870-1922). Rapidamente, grupos semelhantes foram formados em muitos lugares dos EUA, mas com o rápido crescimento do movimento o nível de organização também cresceu até o grupo se denominar Missão da Fé Apostólica da Rua Azusa. Alguns fiéis não concordaram com a denominação do grupo. Surgiram grupos independentes que emergiram em denominações. Também algumas denominações já estabelecidas adotaram doutrinas e práticas pentecostais, como é o caso da Igreja de Deus em Cristo.
 
          Mais tarde, alguns grupos ligados ao movimento pentecostal começaram a crer no unicismo em vez da triunidade (trindade). Com o crescimento da rivalidade entre os que criam no unicismo e os que criam na trindade, ocorre um cisma e novas denominações nasceriam como a Igreja Pentecostal Unida (unicista) e as Assembleia de Deus (trinitária).

3) Denominações neopentecostais: 


          Originárias na segunda metade do século XX de avanço das igrejas pentecostais, não configuram uma categoria homogênea possuindo muita variedade nesse meio. Algumas possuem aceitação de músicas de vários estilos, outras adquiriram o formato G-12. Destacam-se nesta vertente a Igreja Universal do Reino de Deus, Igreja Apostólica Renascer em Cristo, Igreja Apostólica Fonte da Vida, Igreja Internacional da Graça de Deus, Comunidade Evangélica Sara Nossa Terra, Igreja Evangélica Cristo Vive, Ministério Internacional da Restauração, Igreja de Nova Vida, Igreja Nacional do Senhor Jesus Cristo, Igreja Bola de Neve e a Igreja Unida. É o ramo que mais cresce no Brasil e no mundo.

          O neopentecostalismo é uma vertente do evangelicalismo que congrega denominações oriundas do pentecostalismo clássico ou mesmo das igrejas cristãs tradicionais. Surgiram sessenta anos após o movimento pentecostal do início do século XX (1906, na Rua Azuza), ambos nos Estados Unidos da América.

          Em alguns lugares são chamados de carismáticos, tendo como exceção o Brasil, onde essa nomenclatura é reservada exclusivamente para um movimento dentro da Igreja Católica chamado Renovação Carismática Católica.

          O Movimento Carismático ou Neopentecostal principiou-se nas denominações históricas (Metodista, Batista, Presbiteriana, etc). Assim surgem: A Convenção Batista Nacional, que reúne as igrejas de "renovação espiritual", incluindo a Batista da Lagoinha desde 1967 (são moderadas, conhecidas como "renovadas"); As Igrejas Pentecostais Sinais e Prodígios, fundada em 1970; A Igreja Renascer em Cristo, em 1986. Surgem também as denominações novas, não oriundas de igrejas históricas, mas de líderes hábeis e influentes. Tal é o caso de: Igreja Universal do Reino de Deus (IURD), fundada por Edir Macedo em 1977 no Brasil; Igreja da Graça, fundada por R.R. Soares. Igreja Apostólica Deus é Vida, fundada por Ismael Torquato em 2004 no Brasil.

No Brasil algumas igrejas que representam os neopentecostais são:
    * Igreja Apostólica Deus é Vida

    * Videira Igreja em Células
    * Convenção Batista Nacional
    * Igreja Universal do Reino de Deus
    * Igreja Apostólica Renascer em Cristo
    * Igreja Internacional da Graça de Deus
    * Ministério Internacional da Restauração
    * Igreja Apostólica Fonte da Vida
    * Igreja Celular Internacional
    * Igreja Nacional do Senhor Jesus Cristo
    * Comunidade Evangélica Sara Nossa Terra
    * Ministério Apascentar
    * Igreja Comunhão Plena
    * Igreja Novo Destino
    * Igreja Mundial do Poder de Deus
    * Igreja Bola de Neve
    * Igreja Tabernáculo Evangélico de Jesus
    * Igreja Evangélica Templo das Águias
    * Missão Socorrista Evangélica
    * O Movimento G 12 ou Mover Celular 


          Entretanto, não formam um movimento homogêneo, sendo atribuído esta classificação apenas por teóricos da religião, e responsável pelo crescimento exponencial do protestantismo no Brasil e no mundo.

 
          Além desses três ramos majoritários sectários cristãos, ainda existem outros segmentos minoritários do falso Cristianismo. Em geral se enquadram em uma das seguintes categorias:
Restauracionismo: são doutrinas surgidas após a Reforma Protestante cujas bases derrogam as de todas as outras tradições cristãs, basicamente tendo como ponto em comum apenas a crença em Jesus Cristo. A maioria deles não se considera propriamente “protestante” ou “evangélico” por possuírem grandes divergências teológicas. Nesta categoria estão enquadradas a Igreja de Jesus Cristo dos Santos dos Últimos Dias, a Igreja Adventista do Sétimo Dia e as Testemunhas de Jeová, entre outras denominações. (essas três igrejas são seitas pseudocristãs!) Quanto às Testemunhas de Jeová, embora afirmem ser cristãs, também não se consideram parte do protestantismo. Os testemunhas aceitam a Jesus como criatura, de natureza divina, seu líder e resgatador, rejeitando, no entanto a crença na Trindade e ensinando que Cristo é o filho do único Deus, Jeová, não crendo que Jesus é Deus. Testemunhas de Jeová são pura seita pseudocristã e antibíblica.


Cristianismo primitivo: são as Igrejas cujas bases são anteriores ao estabelecimento do catolicismo e da ortodoxia. É o caso das Igrejas não-calcedonianas (ex: Igreja Ortodoxa Copta, Igreja Ortodoxa Armênia); e da Igreja Assíria do Oriente (Nestoriana).
 
Cristianismo esotérico: é a parte mística do Cristianismo, e compreende as escolas cristãs de mistérios e sincretismo religioso. A este ramo pertence o Gnosticismo que é uma crença com raízes antecedentes ao próprio cristianismo e que tem características da ciência egípcia e da filosofia grega.

 O Rosacrucianismo também se enquadra nessa vertente sendo uma ciência oculta cristã que ressalta as boas ações por meio da fraternidade.

Espiritismo: algumas vezes é contestado como sendo uma vertente do Cristianismo. Os simplesmente espíritas não acreditam que uma pessoa ou ser, como Jesus Cristo, pode redimir "os pecados" de uma outra, contudo para a maior parte dos adeptos do espiritismo a obra de Allan Kardec constitui uma nova forma de cristianismo, ou então um resgate do cristianismo primitivo, que não inclui os dogmas adicionados pela Igreja Católica em seus diversos Concílios. Inclusive, um dos seus livros fundantes é denominado de O Evangelho Segundo o Espiritismo. Esse livro apresenta uma reinterpretação de aspectos da filosofia e moral cristã, crendo em parte na Bíblia Sagrada.


Aqui estão a tabela e a lista completa de denominações cristãs e pseudocristãs:
Denominações evangélicas no Brasil
Protestantismo Histórico
Luteranos
Igreja Evangélica de Confissão Luterana no Brasil • Igreja Evangélica Luterana do Brasil • Igreja Evangélica Livre do Brasil
Anglicanos
Igreja Episcopal Anglicana do Brasil • Igreja Anglicana do Brasil • Igreja Cristã Episcopal Reformada  • Igreja Anglicana Ortodoxa • Igreja Episcopal do Evangelho Pleno  • Igreja Episcopal Anglicana Livre  • Igreja Episcopal Evangélica • Igreja Episcopal Carismática  • Diocese Anglicana do Recife
Calvinistas e
Igrejas Reformadas
Congregacionais: Igreja Cristã Evangélica do Brasil  • Aliança das Igrejas Evangélicas Congregacionais do Brasil • União das Igrejas Evangélicas Congregacionais do Brasil
Presbiterianos: Igreja Presbiteriana do Brasil  • Igreja Presbiteriana Independente do Brasil • Igreja Presbiteriana Unida do Brasil • Igreja Presbiteriana Conservadora do Brasil • Igreja Presbiteriana Renovada do Brasil • Igreja Evangélica Cristã Presbiteriana
Anabatistas
Igreja Mennonita • Igreja dos Irmãos
 
Protestantismo Tardio
Batistas
Convenção Batista Brasileira  • Convenção Batista Nacional • Convenção das Igrejas Batistas Independentes • Igreja Batista Regular • Igreja Batista Conservadora • Igreja Batista do Sétimo Dia  • Comunhão Batista Bíblica Nacional  • Comunidade Batista Cristã
Metodistas
Igreja Metodista • Igreja Metodista Livre • Igreja Metodista Wesleyana • Igreja Wesleyana Unida
Metodistas Calvinistas
Igreja Cristã Episcopal Reformada
Campbelitas
Igrejas de Cristo • Discípulos de Cristo
Outros
Casa de Oração – Irmãos • Igreja Evangélica Brasileira • Exército de Salvação
 
Pentecostais
Pentecostais Clássicos
Assembleias de Deus • Congregação Cristã no Brasil • Missão Evangélica Pentecostal do Brasil • Igreja de Cristo no Brasil • Igreja de Deus no Brasil
Deutero-Pentecostais
Igreja do Evangelho Quadrangular • Igreja Pentecostal Deus é Amor • Igreja Evangélica Pentecostal O Brasil Para Cristo • Catedral da Bênção • Igreja Unida
Neopentecostais
Comunidade Evangélica Sara Nossa Terra • Igreja Internacional da Graça de Deus • Igreja Universal do Reino de Deus • Igreja Pentecostal de Nova Vida • Igreja Evangélica Cristo Vive • Missão Cristã Pentecostal • Igreja Apostólica Renascer em Cristo • Igreja Apostólica Novo Destino • Igreja Apostólica Fonte da Vida • Bola de Neve Church • Ministério Internacional da Restauração • Igreja Pentecostal de Jesus Cristo
Avivados ou Renovados
Igreja Cristã Maranata • Igreja Evangélica Cristã Presbiteriana • Igreja Presbiteriana Renovada • Aliança das Igrejas Evangélicas Congregacionais do Brasil • Convenção Batista Nacional • Comunidade Batista Cristã • Comunidade Evangélica Paz e Vida • Igrejas Batistas Independentes no Brasil • Igreja Adventista da Promessa • Igreja Metodista Wesleyana • Igreja Wesleyana Unida • Igreja Assembléia de Deus Betesda
 
Restauracionismo
Adventismo
Igreja Adventista do Sétimo Dia •Sinagoga adventista • Igreja Adventista do Sétimo Dia Movimento de Reforma • Igreja Adventista da Promessa • Igreja Adventista Brasileira • Igreja Cristã Bíblica Adventista • Conferência Geral da Igreja de Deus • Igreja de Deus do Sétimo Dia •Congregação Israelita da Nova Aliança •Igreja de Deus Mundial
Testemunhas de Jeová
Estudantes da Bíblia • Testemunhas de Jeová
Mormonismo
Os Santos dos Últimos Dias
Outros
Igreja Cristã Primitiva • Ciência Cristã •Mensagem de William Branham • Igreja Remanescente Dualista dos Primogênitos •Cristadelfianos
 

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