sábado, 21 de setembro de 2013

Teoria da Relatividade de Einstein e Prece de Moisés!

Teoria da Relatividade de Einstein e Prece de Moisés?


 
 
 Ruy Miranda
Textos da Bíblia e a Ciência


          Procure por um versículo da Bíblia no Salmo 90(89), uma oração de Moisés, e observe sua referência à relatividade do tempo. Trata-se do versículo 4. Parece haver paralelos entre ele, algumas citações de Albert Einstein e a teoria da relatividade. A minha impressão é de que Einstein inspirou-se nesse versículo para sustentar a hipótese de que o tempo é relativo. (Certamente, por ser judeu, Einstein não lia a Bíblia, mas o livro dos Salmos é o mesmo no judaísmo e cristianismo.)
 
 
          Essa proposição, se verdadeira, tem grande significado, pois a história da ciência registra que Einstein, ainda adolescente, interessou-se pela natureza e propriedades da luz, começou a desenvolver os cálculos, e através deles deduziu que o tempo é relativo.
 
Para se entender melhor a ligação versículo da Bíblia e a Teoria da Relatividade, é preciso:
– Fazer um breve histórico sobre o problema “tempo” na Física.
– Examinar algumas citações de Einstein e a relação que ele tinha com a religião judaica.
– Deduzir os significados do versículo 4 do Salmo 90(89).
 
          Breve Histórico sobre o Problema “Tempo” na Física – Isaac Newton, matemático e físico inglês que viveu no fim século XVI e começo do XVII, estabeleceu, entre outras coisas, que o tempo é absoluto. Isso significa, por exemplo, que um fenômeno cósmico observável, seria visto em todas as partes, ao mesmo tempo, independentemente da posição de quem o estivesse observando. Pesquisas posteriores pareciam negar essa assertiva: em certas circunstâncias os tempos observados eram diferentes. Surgiram algumas especulações – uma delas admitia que o tempo fosse relativo. O problema ficou mais de um século sem solução.
 
          No final do século XIX, Albert Einstein, aos 16 anos de idade, interessou-se pela natureza e propriedades da luz e começou a estudar o assunto “tempo”, através de cálculos. Consta que, em função desses cálculos, ele deduziu que o tempo não podia ser absoluto. Por isso sua teoria começou a ser chamada de Teoria da Relatividade.
 
          Para ilustrar isso podemos dizer que dois relógios estáticos marcam a mesma hora, mas dois relógios em movimento muito acelerado podem marcar horas diferentes. Isso quer dizer que o tempo varia segundo alguns fatores.
 
Einstein caricaturou o assunto em uma citação:

“Ponha sua mão em um forno quente por um minuto, e ele parecerá uma hora. Assente-se com uma bela garota por uma hora, e ela parecerá um minuto. ISTO É relatividade.”

           Em outras palavras, o tempo é dependente de alguns fatores. Exame de Algumas Citações de Einstein e sua Relação com a Religião Judaica – É possível que Einstein tenha se simpatizado com as idéias de que o tempo não é absoluto através da mensagem contida no versículo 4 do Salmo 90(89).
 
 Por que um versículo teria inspirado Einstein?
 
          A resposta requer breve apanhado sobre a trajetória de Albert Einstein na religião judaica. Quando criança ele se envolveu com a religião de modo profundo, embora seus pais, que eram judeus, não fossem religiosos. Aos doze anos, decepcionado porque os fatos científicos contradiziam verdades, tal como lhe foram transmitidas ou por ele entendidas, o garoto precoce rompeu com a religião.
 
          Mais tarde se reconciliou, em face de uma compreensão diferente. Ele discordava da ênfase moral, que era a tônica dos ensinamentos do judaísmo, e enxergava muito além. Enxergava a base constituída por valores relativos à justiça, à solidariedade, ao trabalho honesto e, sobretudo, à celebração da vida. Os Salmos eram, para ele, de uma beleza indescritível e reveladores de verdades a que ele chamou de religião cósmica.
 
          Ao falar de um sentimento de alegria embriagadora, de um maravilhar-se diante da beleza e da majestade do mundo, expressos em alguns Salmos, ele disse que era nesse sentimento que a verdadeira pesquisa vem haurir sua energia espiritual.
 
          Esta afirmativa de Einstein é de compreensão difícil. Não existe uma pesquisa mais verdadeira do que outra, mas esta não é uma discussão de interesse aqui. A questão fica mais complicada quando ele usa a expressão energia espiritual. O que estaria ele dizendo com isso? Energia espiritual é energia imaterial, não é sinônimo de massa, não está sujeita às leis da Física. Uma inspiração pode ser uma energia espiritual. Os Salmos podem ter inspirado o pré-adolescente e precoce Einstein, em particular o versículo 4 do Salmo 90(89). Ao iniciar os estudos aos 16 anos, ele já teria simpatia com as informações de que o tempo seria relativo, produto do intenso fervor religioso que viveu até os doze anos.
 
Deduzir os Significados do Versículo 4 do Salmo 90(89) – Os dizeres do versículo 4 são:

“Mil anos diante de Vós são como o dia de ontem que se foi ou como uma vigília da noite.”

          Um breve esclarecimento. Ao tempo de Moisés o dia e a noite eram fenômenos distintos; não se sabia que um era a continuação do outro. Portanto, o dia era correspondente a doze horas (essa medição do tempo em horas passou a ser feita séculos depois). A noite, por sua vez, era dividida em três partes iguais – cada uma delas correspondia a uma vigília, ou seja, quatro horas.
 
Portanto, o versículo pode ser lido assim:
“Mil anos diante de Vós são como 12 horas ou como 4 horas.”
 
 
Embora a citação do versículo faça referência a Deus, dois pontos devem ser destacados:

* Deus é espírito e portanto, atemporal – a referência aos tempos mil anos, doze horas e quatro horas devem ter outro significado. O significado provável é: o tempo é relativo.

* Cálculos elementares envolvendo esses tempos, após a conversão de um mil anos em espaço, conduzem a uma velocidade que, coincidentemente, é próxima à velocidade da luz; na verdade, ligeiramente acima, o que pode expressar a velocidade de um único fóton e não a de um feixe de fótons. Podemos esperar, teoricamente, que a velocidade de um fóton seja superior à de um feixe em três diferentes abordagens da Física.
 
          Primeiro a religião, depois a ciência – A revelação de que o tempo é relativo, contida no Salmo 90(89), pode ter inspirado uma hipótese não declarada por Einstein, cuja comprovação dependia de se postular uma constância na velocidade da luz. Tal inspiração pode perfeitamente ter ocorrido, posto que o próprio Einstein afirmou, mais tarde, que os Salmos são reveladores de verdades a que chamou de “religião cósmica”. Nesse caso, a relatividade do tempo teria sido a convicção primeira e ponto de partida de toda a pesquisa – os cálculos finais, sugestivos de que o tempo, assim como o espaço, é relativo, vieram ao conhecimento do mundo mais de dez anos depois. A religião seria a nascente da caudalosa teoria que fluiu.
 
          A primeira parte, conhecida como Teoria da Relatividade Restrita, apresentada em 1905, incluiu o estabelecimento de que a diferença entre massa e energia é uma constante, isto é, um número (em outras palavras, massa e energia são, na essência, a mesma coisa). A parte ampliada da teoria, apresentada em 1926, estabeleceu que certos fenômenos físicos, principalmente os que ocorrem em escala cósmica, só podem ser entendidos se se admitir que a presença da massa de um corpo curva o espaço à sua volta
.
Essas descobertas tiveram profunda influência no desenvolvimento científico e tecnológico.
Outra citação de Einstein talvez ajude o leitor céptico a abrir a mente:
"Eu sou como um artista a desenhar livremente na minha imaginação. A imaginação é mais importante que o conhecimento. O conhecimento é limitado. A imaginação abarca o mundo.”
"Ciência sem religião é lama, religião sem ciência é cegueira."
"Afirmo que a religiosidade cósmica é a força mais forte e mais nobre na condução da pesquisa científica."
"Todas as religiões, artes e ciências são ramos da mesma árvore. Todas essas atividades são dirigidas para o enobrecimento da vida do homem, elevando-a da mera esfera da existência física e conduzindo o indivíduo para a liberdade."
 

Debate de alto nível sobre Bíblia e Ciência


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