(2 Tm 4.7)
Como discípulos de Jesus não podemos nos esquecer que estamos em constante guerra. Guerra para nos afirmarmos e viabilizarmos como cristãos autênticos e, também, como implantadores do Reino de Deus. Existem vários níveis nessa guerra, como também existem vários adversários a ser vencidos. Nossa vitória, como cristãos, é o resultado do nosso êxito em pelo menos quarto frentes de guerra: nos ares, na mente, no coração e na vontade. Isto aponta para dois importantes oponentes para a vida cristã: o adversário espiritual (Satanás e seus demônios) e a alma humana.
AS QUATRO FRENTES DA NOSSA GUERRA.
1) GUERRA NOS ARES:
É a guerra que precisamos travar contra Satanás, os principados e as potestades. A Palavra diz que o adversário anda ao nosso redor, esperando oportunidade para nos atacar. Ele é um inimigo implacável, cuja função é matar, roubar e destruir a vida do cristão e tudo o que lhe diz respeito. Desde o Éden que ele opera para tirar o homem da presença de Deus e do paraíso divino, com vistas a afastar o homem de Deus e de Seus propósitos eternos.
Ele é o nosso principal adversário externo, uma vez que além de ser um grande obstáculo para nossas conquistas, ele tem sob seu domínio muitos territórios que precisamos colocar aos pés de Jesus. É pelo poder do nome e do sangue de Jesus que vencemos a guerra contra Satanás. Nossa autoridade contra o inimigo dos ares depende de uma vida em santidade, debaixo do sangue do Cordeiro e nossa vitória está no nome de Jesus, pois diante do nome de Jesus todo joelho se dobra no céu, na terra e debaixo da terra. Nessa guerra somos fortalecidos pela Palavra de Deus, pela oração e pelo jejum. Estas disciplinas espirituais fortalecem o cristão e o aproximam do Todo-Poderoso, porque limpam os “canais” humanos de comunicação espiritual com Deus.
Em linha com o Senhor, decretamos a derrota do inimigo e tomamos posse dos territórios que estão com ele e que nos pertencem. Contra Satanás palavra-chave para o cristão é decretar. Na verdade, nós vencemos Satanás porque Cristo, já o venceu na cruz do Calvário e estendeu essa vitória para todos os cristãos. Essa vitória depende menos dos rituais que fazemos e mais do que somos em Cristo Jesus; os cristãos autênticos, porque têm autoridade, usam o nome de Jesus, decretam a derrota do inimigo e se apoderam dos despojos.
Algumas vezes precisamos quebrar a legalidade que o inimigo adquiriu em certos territórios, para despojá-lo. São as situações em que alguém, por agir erradamente, cedeu espaço para o inimigo se apoderar de algum território; o pecado, por exemplo, é o principal fator que abre brechas para que o inimigo adquira autoridade contra nós. Nesses casos, orar e jejuar não bastam para a nossa vitória; é necessário o arrependimento genuíno e específico, confessando o pecado diante de Deus, pedindo e tomando posse do perdão de Deus. Só assim nos revestimos de autoridade e legalidade para vencermos Satanás.
2) GUERRA NA MENTE:
É o nível de guerra que precisamos travar contra as fortalezas interiores que se opõem à mente de Cristo que está em nós. Baseia-se no fato de que precisamos vencer os pensamentos e memórias que se opõem aos princípios do Reino de Deus. Nossa mente é a sede da nossa alma. O que somos e o que fazemos depende da nossa mentalidade. De certa forma, tudo que diz respeito a nós passa pela nossa mente. Ela tem papel tão importante na vida cristã, que o Senhor nos diz em Rm 12.1-2, que se não houver uma transformação mental em nós, facilmente nos conformaríamos com o mundo e dificilmente conseguiríamos experimentar a vontade de Deus para nós.
A guerra aqui é para quebrar os paradigmas do pensamento mundano e iníquo, que fazem parte da mentalidade de quem não nasceu de novo em Cristo Jesus. É destronar a mentalidade da velha natureza, que se afina com o inimigo das nossas vidas - Satanás. O foco está em derrubar as fortalezas mentais: os argumentos, conceitos e toda altivez que se levanta contra o conhecimento de Cristo em nossas vidas. Além da Palavra de Deus, do Espírito Santo e do sangue de Jesus, as outras armas aqui são a oração, o jejum e a disciplina pessoal, baseada num discipulado sério e na decisão pessoal de mudar. Muitas derrotas chegam na vida de muitos crentes por causa da velha mentalidade que os conduz.
3) GUERRA NAS EMOÇÕES:
É a guerra no coração. Muitos são derrotados por causa de suas emoções e sentimentos feridos. As feridas emocionais debilitam e inviabilizam muitos crentes na rota de suas conquistas. Pessoas feridas emocionalmente e magoadas são guerreiros fragilizados e propensos às derrotas. Vencer essa guerra significa conquistar saúde e vida para si e para o Corpo de Cristo.
A tendência de todo ferido emocional é ferir-se mais e ferir os outros. Pessoas com tais debilidades, via de regra, tem relacionamentos partidos e/ou doentes em muitos níveis, inclusive na família e na Igreja. Quando vencemos a guerra nas emoções nos santificamos e nos tornamos promotores da Santidade e da unidade no Corpo de Cristo.
Para uma vida abundante e vitoriosa precisamos vencer as feridas e traumas emocionais, que se tornam alvos fáceis para Satanás lançar suas setas inflamadas. As armas para vencermos essa guerra são a Palavra, o sangue de Jesus, o Espírito Santo, a oração, o jejum e o discipulado, como na guerra anterior, porém, precisam ser acrescidas do poderoso perdão.
O perdão é uma arma de guerra cristã muito mal utilizada, porque é ainda mal compreendido pela maioria dos cristãos. Ele é regido por três verbos: pedir, liberar e receber. Para vencermos a guerra no coração, nas emoções e sentimentos, precisamos pedir perdão por nutrirmos ressentimentos e mágoas contra nossos ofensores, liberar o perdão para quem nos feriu (mesmo que não nos peça) e, o que em muitos casos é o mais importante, receber o perdão pedido.
A dinâmica do perdão só flui quando nos apropriamos da justiça divina e jamais na justiça própria do homem. A justiça própria do homem não compreende e nem absorve a arma do perdão; só em Cristo o perdão se torna eficaz na guerra das emoções, tanto para nós como para os outros. Com base na justiça divina, o perdão não só nos liberta e nos faz vitoriosos, como também nos faz libertadores dos outros com quem nos relacionamos!
4) GUERRA NA VONTADE:
É a guerra nos desejos e preferências. A vontade é um importante componente da nossa alma e pode ser uma aliada ou inimiga. Quando alinhada com a vontade de Deus, torna-se uma forte aliada da nossa vitória, mas quando se opõe à vontade divina, torna-se um dos nossos piores adversários, porque domina a nossa mente e a influencia a agir conforme suas determinações. Uma vida cristã vitoriosa passa pela vitória contra toda corrupção da vontade, traduzida pela obstinação, procrastinação, inadimplência, presunção, inveja, vícios etc.
Também aqui precisamos de todas as armas anteriores, mas principalmente da Palavra de Deus e da disciplina pessoal. Não se domina a vontade corrompida sem a Palavra de Deus na mente, a disciplina diária e a decisão pessoal de mudar. Muitos querem vitórias na área da vontade corrompida apenas repreendendo e expulsando demônios – isto é falso e promove frustrações. Mente, emoções e vontade fazem parte da velha natureza e para vencê-las precisamos entrar no caminho da cruz, levando-as cativas ao senhorio de Cristo. Isso é decisão pessoal e discipulado sério.
Palavra de Deus, o sangue de Jesus e o Espírito Santo são armas poderosas na vida do cristão. O nome de Jesus nos dá vitória contra Satanás, mas a mente renovada, a disciplina pessoal e a decisão de vencer nos habilitam na guerra contra a mente, emoções e vontade. Posicione-se corretamente e passe a desfrutar a plenitude de vida que o Senhor nos trouxe por meio da obra da salvação.
No amor do Senhor da providencia sobrenatural.
Aps Aurelio Jesus Santos e Susana M. B. Santos.
PERGUNTAS PARA A REFLEXÃO PASTORAL:
1- Você tem se saido bem nos combates da caminhada espiritual?
2- Em quais níveis de guerra você precisa se tornar combatente de êxito?
3- O que você efetivamente fará, a partir de agora, quanto a colecionar vitórias na sua caminhada?
DESTAQUE DA PASTORAL:
Nossa vitória contra Satanás depende menos dos rituais e mais do que somos em Cristo Jesus.
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