domingo, 25 de agosto de 2013

Deus reconhece o Seu Culto? Ele gosta do Seu Culto? Quais consequências de não Gostar?

Culto
 
INTRODUÇÃO:
 
          O culto pode ser particular, familiar ou público. Para  adorar a Deus em espírito e em verdade é necessário ter clara idéia do que é um culto.
 
          Quando não é particular ou familiar, geralmente constitui um serviço ou reunião de um grupo de cristãos  eleitos por Deus, celebrado num lugar destinado para isso, como uma capela, um templo, casa de oração etc.
 
          Talvez, no texto acima, estejamos falando dos primeiros cultos (não coletivos) na história da humanidade, os cultos oferecidos pelos irmãos Caim  e Abel. A Bíblia registra este fato sem esconder nada, um texto dramático e triste de mais. A primeira família já iria sofrer consequências muito negativas, de um ato que na verdade deveria redundar em bênçãos Abel (Hebraico - fragilidade, filho), oferece seu culto a Deus e agrada ao Senhor. Caim (hebraico possessão – aquisição) oferece seu sacrifício de adoração e o mesmo não agradou a Deus. O culto deve ser olhado com zelo, como alvo maior à adoração ao nosso Deus.
 
          No seu culto, as igrejas presbiterianas procuram obedecer ao chamado princípio regulador. Isso significa que o culto deve ater-se às normas contidas na Escritura, não sendo aceitas as práticas proibidas ou não sancionadas explicitamente pela mesma. O culto presbiteriano caracteriza-se por sua ênfase teocêntrica (a centralidade do Deus triúno), simplicidade, reverência, hinódia com conteúdo bíblico e pregação expositiva. Na prática, nem todas as igrejas locais da IPB seguem criteriosamente essas normas, embora as mesmas tenham caracterizado historicamente o culto reformado.
 
          Os problemas causados pelo afastamento desses padrões têm levado muitas igrejas a reconsiderarem as suas práticas litúrgicas e resgatarem a sua herança nessa área fundamental. Quando se diz que o culto reformado é solene e respeitoso, não se implica com isso que deva ser rígido e sem vida. O verdadeiro culto a Deus é também fervoroso e alegre.
 
          Independente da questão soberania de Deus, que norteia nosso pensamento teológico em todas esferas da vida cristã, duas ênfases observadas no serviço de culto, poderiam ser levantadas aqui, como determinantes de um culto que agrada ou não a Deus, bem como das consequências advindas do mesmo. É bom lembrarmos também que ao falar do culto e adoração a Deus, estamos falando sobre um dos momentos mais relevante na vida do cristão e consequentemente na vida da Igreja de Cristo, assim também afirma Karl Barth: "o culto cristão é o ato mais importante, mais relevante, mais glorioso na vida do homem"
 
Quais seriam estas ênfases?
 
1. O CULTO COM ÊNFASE ANTROPOCÊNTRICA
 
 “Ao cabo de dias trouxe Caim do fruto da terra uma oferta ao Senhor”.3” [...] mas para Caim e para a sua oferta não atentou” – Caim oferece algo que representa o esforço humano, resultado do seu trabalho, méritos seus, preparou a terra, semeou, cuidou, colheu e trouxe a Deus, meio que se achando auto-suficiente.
 
          Poderíamos ter aqui a tipificação do culto antropocêntrico, cujo objeto de adoração ficaria em segundo plano, tendo proeminência o sujeito. Tentativas humanas de maquiar o culto com aspectos humanos, dando-lhe uma matiz antropopática  e não Cristocêntrica. O homem como elemento controlador e ao mesmo tempo objeto de louvor “homens cultuando homens”. Culto que avalia o  que acontece com o adorador e não com o gosto do Deus adorado deixa de ser um culto e passa a ser um show  antropopático – apoteose   a criatura. Nem adorador nem o serviço de adoração agradaram a Deus.” mas para Caim e para a sua oferta não atentou”
 
Vejamos as consequências deste tipo de culto:
  • Ira – “Pelo que irou-se Caim fortemente” – A ira é um dos frutos da carne, [Gal. 5. 20]
  • Tristeza – “e descaiu-lhe o semblante” –Gn. 4.3
  • Falsidade e intrigas e morte  – “4.8 Falou Caim com o seu irmão Abel. E, estando eles no campo, Caim se levantou contra o seu irmão Abel, e o matou.
  • Ódio ao invés de amor e cuidado um pelo outro  – (I Jo.. 4.8) “Aquele que não ama não conhece a Deus”
  • Maldição em lugar de benção – A primeira pena perpetua na historia da humanidade -  “Agora maldito és tu desde a terra, que abriu a sua boca para da tua mão receber o sangue de teu irmão”
 
2. O CULTO  COM ÊNFASE CRISTOCÊNTRICA
 
4.4 “Abel também trouxe dos primogênitos das suas ovelhas, e da sua gordura. Ora, atentou o Senhor para Abel e para a sua oferta” – Abel parece ter captado já o sentido do elemento graça no ato de sacrifício e adoração. O cordeiro, por ele trazido, tipifica a substituição, ele nada podia fazer que agradasse a Deus que fosse resultado de suas mãos.
 
          Toma assim, um cordeiro, e sem nenhum mérito seu, oferece a Deus. Isto nos faz lembrar alguma coisa, claro, o cordeiro de Deus como nosso suficiente salvador. O culto da dependência total de Cristo, nEle, para Ele e por meio dEle. O que formos oferecer ao Pai, só será valido e agradável, se por meio do filho “sem mim nada podeis fazer ”“Convém que Cristo cresça e que diminua eu quando estou prestando o culto ao meu Deus”.
 
Vejamos as consequências de um culto que agrada a Deus
  • Segurança íntima com Deus
·         Comunhão íntima com os irmãos
·         Busca da santificação
·         Desejo crescente do adorador para testemunhar (evangelização)
 
 
Conclusão:
 
 - Segundo a orientação da Palavra, o culto deve ser latreia logiken (serviço lógico) – Culto racional (Rom. 12.1,2); em espírito e verdade (Jo.4. 24 Deus é Espírito, e é necessário que os que o adoram o adorem em espírito e em verdade.) Mas a hora vem, e agora é, em que os verdadeiros adoradores adorarão o Pai em espírito e em verdade; porque o Pai procura a tais que assim o adorem. Cuidado com o que você e sua igreja  está oferecendo a Deus!  

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