sexta-feira, 6 de setembro de 2013

Existência de Deus: Seres Humanos



A EXISTÊNCIA DE DEUS

2.3 A NATUREZA DO HOMEM


           A natureza moral e intelectual do homem evidencia também a existência de um Criador inteligente e moral.

         “Afirma que, quer as pessoas reconheçam, quer não, seu senso de moral valoriza pontos para a existência de um Criador pessoal, moral, que embutiu em nossa estrutura um senso de justiça e obrigação para com os outros”.12 O homem tem uma natureza moral que influi em tudo o que faz e pensa.

           Devido ao homem ser uma criatura moral, é evidente que ele verificará o que deve e o que não deve fazer. O que é certo e o que é errado. Deveria-se fazer tal ou tal coisa. Isso demonstra a existência de um Criador Moral também. “O fato de o homem ter uma natureza moral argumenta a favor de ter tido por origem um Ser moral em grau mais elevado, senão infinito”.13

           O homem dispõe uma consciência, o que faz com que tenha natureza moral, por isso, sabe distinguir entre o bem e o mal. Naturalmente sabe que há um caminho justo em que deve prosseguir e um outro caminho em que deve se afastar, um caminho errado que não deve seguir. Instintivamente, então, o homem sabe que deve fazer o bem, quando, porém, não o faz é censurado por sua consciência a fazer o bem. Porém sempre caberá ao homem escolher entre obedecer a consciência em questões de certo e errado ou desobedecê-la. Essa voz que se dirige ao homem, só pode ser fruto de uma Mente Criadora Superior.

          “Quando o senhor afirma que existe o mal, não está admitindo que existe o bem? Quando o senhor aceita a existência da bondade, está declarando uma lei moral com base na qual diferencia o bem e o mal. Mas quando o senhor admite uma lei moral, deve reconhecer que há um legislador moral. Isso, porém, o senhor está tentando desaprovar, não provar. Pois, se não existe legislador moral, não existe lei moral. Se não existe lei moral, não existe o bem. Se não existe o bem, não existe o mal”.14

           Se existe o conhecimento do bem e do mal; há um Legislador. Esse Legislador foi Quem idealizou uma norma de conduta para o homem e fez com que a natureza humana fosse capaz de compreender esse ideal. A criação destes conceitos de bem e mal, cabe a Deus, o Justo Legislador!

           Quando o homem sente fome, ele vai em busca daquilo que lhe pode saciar essa fome. Ele não está sendo enganado que está com fome, mas sua natureza humana realmente está sentindo a necessidade de alimento. Isso indica que há algo ou alguém que o possa satisfazer. Semelhantemente, a exclamação: “A minha alma tem sede de Deus, do Deus vivo; quando entrarei e me apresentarei ante a face de Deus?” (Salmo 42.2), é um grande argumento em favor da existência de Deus, pois, o fato é que a alma também não iria enganar o homem de algo que ela realmente não estivesse necessitando. O fato deste anseio da alma humana pelo seu Criador é prova da existência de Deus.

           Nas Escrituras Sagradas encontramos os eventos referentes ao Dilúvio, mostrando como Deus sabe governar moralmente as Suas criaturas; da mesma forma, a narrativa sobre a Torre de Babel, evidenciam o mesmo fato. Deus é um Governador Moral, que governa o ser, a criatura moral que Ele criou (“Bem-aventurado aquele cuja transgressão é perdoada, e cujo pecado é coberto. Bem-aventurado o homem a quem o SENHOR não imputa maldade, e em cujo espírito não há engano.

          Enquanto eu me calei, envelheceram os meus ossos pelo meu bramido em todo o dia. Porque de dia e de noite a tua mão pesava sobre mim; o meu humor se tornou em sequidão de estio. Confessei-te o meu pecado e a minha maldade não encobri; dizia eu: Confessarei ao SENHOR as minhas transgressões; e tu perdoaste a maldade do meu pecado” Salmo 32.1-5; “Ó SENHOR, não me repreendas na tua ira, nem me castigues no teu furor. Porque as tuas flechas se cravaram em mim, e a tua mão sobre mim desceu. Não há coisa sã na minha carne, por causa da tua cólera; nem há paz em meus ossos, por causa do meu pecado. Pois já as minhas iniqüidades ultrapassam a minha cabeça; como carga pesada são demais para as minhas forças” Salmo 38.1-4; “Então, Judas, o que o traíra, vendo que fora condenado, trouxe, arrependido, as trinta moedas {ou peças} de prata aos príncipes dos sacerdotes e aos anciãos, dizendo: Pequei, traindo sangue inocente. Eles, porém, disseram: Que nos importa? Isso é contigo. E ele, atirando para o templo as moedas de prata, retirou-se e foi-se enforcar” Mateus 27.3-5).

2.4 O FATOR DA INTUIÇÃO


           Nossos próprios pensamentos implicam em um Deus que pensa, ou seja, a própria idéia de Deus já é uma prova suficiente de Sua existência. É sugerido que todos os homens já tem a idéia de Deus intuitivamente, e daí também encontram a prova de sua existência; também mostra que Deus deve ser infinito e pessoal. Temos, em nossas mentes, a idéia de que existe um Ser infinitamente perfeito. Todo o reino da natureza manifesta o desígnio do universo. Nós temos evidência de um propósito, de um desígnio, e este desígnio exige que exista um planejador, é claro que este desígnio ou propósito necessita de um planejador, se assim não fosse, não seria possível chamá-lo de desígnio.


“A mente humana aceita as evidências dos argumentos “a posteriori” a favor de um Criador antecedente ao Universo, com potência suficiente para criar a matéria do nada, com a sabedoria necessária para governar e ordenar o universo; e com a santidade de justiça necessárias para dar ao homem sua consciência e moralidade; pois atribuímos ao Ser que tem tais atributos em grau sobre-humano a eternidade e a perfeição em todos os Seus atributos. Ainda que não possamos provar isto nossa mente nos leva a crer, mesmo sem raciocinar que Aquele que nos fez com sentimentos ou instinto de amar, de adorar, de pensar etc., revelou-nos também um Deus, como objeto infinito e perfeito, a Quem podemos adorar e com Quem podemos ter comunhão. Assim é que a mente humana atribui ao Criador o caráter de Deus e nos parece muito lógico fazê-lo, mesmo que não o demonstremos cientificamente”15 .


           Se alguma coisa hoje existe, logo, esse algo sempre existiu, porque é sabido que do nada, nada se origina. Isto é coerente com a realidade. Nós não podemos aceitar qualquer outra conclusão que esteja fora deste parâmetro, dar-se-á, portanto, que se algo existe, é porque existe necessariamente um Ser Eterno, no entanto, se há algo eterno, indubitavelmente este algo eterno é um Ser que tem existência em si mesmo, caso contrário não seria eterno, conclui-se, então que esse algo eterno não foi criado, é auto-existente. Este Ser eterno, deve ser um Ser onipotente, tendo por fim a capacidade de vir a criar qualquer outra coisa que deseja. O que existe por si é eterno; tem todas as perfeições em grau infinito; é Pessoa e é Deus. Assim podemos compreender a frase: “Existo, portanto Deus existe”. “Se a idéia existe, então a própria coisa deve existir; a idéia deve corresponder a algo que está ali, fora de minha mente. Portanto, Deus deve existir”.16 Notemos, no entanto, que se algo existe agora, algo sempre existiu.

“Se algo existe agora, devemos afirmar uma dentre três coisas a respeito disso. Ou ele é eterno, criado por algo que é eterno, ou autocriado. Você pode pensar em quaisquer outras alternativas? Qual das três tem sido mais frequentemente oferecida como uma alternativa por aqueles que não admitem a existência de Deus? A resposta óbvia é a terceira. Se dermos a primeira ou a segunda objeção, já teremos afirmado que algo é eterno (seja um mundo eterno ou um criador eterno). Só a terceira alternativa nos livra do algo auto-existente e eterno”.17 

2.5 A HISTÓRIA HUMANA


“A marcha dos eventos da história universal fornece evidência de um poder e duma providência dominantes. Toda a história bíblica foi usada para revelar Deus na história, isto é, para ilustrar a obra de Deus nos negócios humanos”.18

           Na história da humanidade, notamos o surgimento de grandes nações, bem como o seu declínio da mesma forma. O engrandecimento de uma nação se dera ao fato de que temera a Deus e observara-lhe os preceitos; o seu declínio se dera pelo fato de afastar-se das leis morais do Legislador, a desobediência trouxe o desaparecimento do poderio que muitas nações tiveram no passado, como exemplo, cito: Babilônia, Grécia, Roma, etc. A maneira pela qual Deus trata com as nações, ou com indivíduos sugere sua ativa presença nos negócios realizados pela natureza humana. A transformação de vidas pelo poder do cristianismo é um bom exemplo. Pessoas que estavam escravizadas ao pecado, agora vivem vidas exemplares.

2.6 O CONSENSO COMUM


          Todas as nações têm uma crença num Ser Sobrenatural a Quem oram e a Quem adoram. O homem, por causa de sua constituição, em tempos de calamidade, de aflição, de angústia, de desespero, de grande perigo, ou perante a morte, sem sequer pensar em suas ações, busca a um Ser Sobrenatural, ora a Ele, porque é uma criatura dependente, reconhece a existência de um Ser Supremo, a Quem, por meio de sua consciência, reconhece como Seu Criador e a Ele recorre instintivamente.

“Em qualquer lugar onde se fale uma língua humana, por mais inculta e pobre que seja, nela sempre aparecerá um nome: Deus. Ora, essa idéia da existência do Criador espalhada na consciência de todos os povos leva a concluir que um sentimento comum a todos os seres humanos não pode ser falso”.19

           A crença na existência de Deus é praticamente tão difundida quanto a própria raça humana. Alguns podem objetar a isso dizendo que certas raças não crêem em Deus. Ora, quanto a isso, dizemos que uma exceção não vem a inutilizar a regra. Por exemplo. Há várias pessoas cegas no mundo, mas isso não prova que todas as pessoas são cegas. Se todas as pessoas sabem ler; não existem analfabetos; mas, analfabetos existem, logo, todas as pessoas não sabem ler. Agora, isso não significa que todos o são. Como alguém um dia já disse: “o fato de que certas nações não conhecerem sequer a tabuada de multiplicação, não afetará de modo nenhum a aritmética”. O mundo não fora criado sem se deixar perceber certos sinais, ou evidências ou mesmo sugestões, que apontam para as obras de um Criador Supremo (“Porquanto o que de Deus se pode conhecer neles se manifesta, porque Deus lho manifestou. Porque as suas coisas invisíveis, desde a criação do mundo, tanto o seu eterno poder como a sua divindade, se entendem e claramente se vêem pelas coisas que estão criadas, para que eles fiquem inescusáveis; porquanto, tendo conhecido a Deus, não o glorificaram como Deus, nem lhe deram graças; antes, em seus discursos se desvaneceram, e o seu coração insensato se obscureceu” Romanos 1.19-21).

           O simples fato de existir a idolatria, ou seja, a adoração de algo, ou alguém ou de deuses, já é fator indicador que o homem procura algo para prestar culto. O homem certamente possui uma natureza religiosa e por isso procura um objeto para dirigir sua adoração.

“Esta crença universal em Deus é prova de quê? É prova de que a natureza do homem é de tal maneira constituída que é capaz de compreender e apreciar essa idéia, como o expressou certo escritor: “O homem é incuravelmente religioso”, que no sentido mais amplo inclui: (1) A aceitação do fato da existência dum ser acima das forças da natureza. (2) Um sentimento de dependência de Deus como quem domina o destino do homem; este sentimento é despertado pelo pensamento de sua própria debilidade e pequenez e pela magnitude do universo. (3) A convicção de que se pode efetuar uma união amistosa e que nesta união ele, o homem, achará segurança e felicidade. Desta maneira vemos que o homem, por natureza, é constituído para crer na existência de Deus, para confiar na sua bondade, e para adorar em sua presença”.20

           A crença na existência de um Ser Supremo é intuitiva, desde os tempos mais remotos, há no coração do homem tal idéia, é uma verdade primária que a mente aceita primeiro, sem levar a cabo o processo pelo qual chegou a esta crença.

“Deus tomou a iniciativa, ao longo da História, de comunicar-se com o homem. Sua revelação mais completa foi Sua penetração na história da humanidade na pessoa de Jesus Cristo. Aqui, em termos de personalidade humana que nós podemos entender, Ele viveu entre nós. Se eu quisesse comunicar o meu amor a uma colônia de formigas, como poderia fazê-lo da maneira mais eficiente? Indubitavelmente o melhor seria tornar-me uma formiga. Somente desta forma a minha existência e a minha personalidade poderiam ser transmitidas completa e eficientemente. [...] A melhor e a mais clara resposta à pergunta como sabemos que Deus existe é que Ele nos visitou. Os outros indícios são meras pistas ou sugestões. O que as confirma concludentemente é o nascimento, a vida, a morte e a ressurreição de Jesus Cristo”.21


           Podemos verificar a existência de Deus por meio também de Sua presença nas vidas de homens e mulheres. O indivíduo que crê, que deposita sua confiança em Jesus Cristo, passa por uma profunda transformação interior, o que é também evidenciado na sociedade. “A razão pela qual sabemos que Deus existe é porque Ele nos disse e a nós Se revelou... Deus não só existe, mas Ele também nos comunicou este fato. Ele nos contou sobre quem Ele é, como Ele é e qual o Seu plano para o planeta Terra. Ele revelou essas coisas à humanidade através da Bíblia”.22 O ser humano pode revelar seus pensamentos a quem ele quiser, isso pode ser feito através da palavra oral ou mesmo da escrita, ou até por gestos e ações. O Ser Supremo não poderia fazer o mesmo? Sim, e isso Ele o fez, Ele Se revelou por meio da Bíblia.

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