Opinião dos Adventistas:
Em nenhum lugar da Bíblia encontraremos um rol de 613 leis que Deus teria dado à Moisés.
O termo “lei” é usado na Bíblia de diversas formas. Por vezes “lei” era entendida como abrangendo todo o Velho Testamento (I Coríntios 14.21); por vezes só os cinco primeiros livros de Moisés, de Gênesis a Deuteronômio (Mateus 11.13).
No meio evangélico, caiu no domínio popular que, quando a Bíblia menciona a palavra “lei”, significaria todas as leis presentes no antigo testamento, o que não é verdade. De fato, Moisés entregou ao povo diversas leis, embora ele mesmo não seja o legislador, pois foi Deus quem as ditou a ele. Há porém um código bem distinto na Bíblia. Deus fez questão de entregar a Lei Moral de uma forma bem particular e até mesmo espantosa. É a única parte da Bíblia que não foi escrita por um profeta, pois foi o próprio Deus quem escreveu com Seu Dedo: os Dez Mandamentos (Êxodo 20.1-17):
(Êxodo 31:18) - E deu a Moisés (quando acabou de falar com ele no monte Sinai) as duas tábuas do testemunho, tábuas de pedra, escritas pelo dedo de Deus.
Os 10 mandamentos foram separados e colocados dentro da Arca da Aliança. A Lei de sacrifícios de animais, festas e demais rituais não foi colocada dentro da arca, mas escrita num livro e colocada ao lado da Arca:
(Deuteronômio 31:26) - Tomai este livro da lei, e ponde-o ao lado da arca da aliança do SENHOR vosso Deus, para que ali esteja por testemunha contra ti.
O Senhor fez questão de escrever Sua Santa Lei Moral (Os 10 mandamentos) de uma forma especial, e em nenhuma parte das Escrituras é esta Lei chamada de “Lei de Moisés”. Portanto, estudando com cuidado e carinho, qualquer um encontra as variedades de leis.
No Velho Testamento encontramos a Lei Moral (Êxodo 20.3-17); a lei cerimonial (Levítico 1 a 7.21; 16 a 17.9; 21 a 23, principalmente); as leis sanitárias, civis, penais e tributárias (Êxodo 23.1-9; Levítico 7.22-27; 11; 13 a 15; 17 a 20; 24 a 27, principalmente). Porém, diversos preceitos morais também se encontram misturados nos textos que tratam das leis cerimoniais e sanitárias.
Os judeus ao invés de viverem pelo Espírito de Deus obedecendo aos princípios da lei, fizeram uma classificação absurda dos mandamentos bíblicos e passaram a viver do texto literal, ignorando as diretrizes espirituais e o porquê da existência dos mandamentos. Nunca foi propósito de Deus que fosse feita uma classificação detalhada de ensinamentos como meio de alcançar a salvação (isso é um pecado conhecido como “legalismo”).
Hoje muitos evangélicos utilizam o argumento dos 613 mandamentos para tentar refutar os que guardam o santo sábado do Senhor, mas não se engane: Isso não passa de uma classificação judaica anti-bíblica. Os que andam no Espírito Santo sabem que devem obedecer a Deus. E que a Lei moral, inclusive o Sábado Moral é eterno.
Concordo com você sobre o Espírito da Lei,que é o que se deve obedecer. Só discordo sobre o sábado ser uma lei moral e eterna. O sentido do sábado não é o Dia em si,mas Espírito da Santidade e exclusividade de Deus, o que pode ser feito em quaisquer dia da semana.
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